Delegação de Igreja Ortodoxa Autocéfala da Albânia vai ao Vaticano em visita oficial pela primeira vez
Cidade do Vaticano (Sexta, 04-12-2009, Gaudium Press) “Hoje é um dia histórico para a Igreja Ortodoxa Autocéfala da Albânia”, afirmou Sua Beatitude Anastas, arcebispo de Tirana e de toda a Albânia para o Papa Bento XVI, com quem se encontrou em audiência privada na manhã desta sexta-feira. Foi a primeira vez que uma delegação oficial da Igreja Ortodoxa na Albânia vai a Roma para uma visita ao Papa. Anastas foi recebido pelo Santo Padre no Palácio Apostólico.
“A Europa e, de fato, todo o mundo, têm, mais que nunca, uma grande necessidade pela luz de Cristo”, declarou o Primado da Albânia ao Santo Padre, a quem se referiu como “um profundo pensador, um extraordinário teólogo, defensor da paz e da justiça, campeão da solidariedade entre as pessoas e um líder eclesiástico criativo”.
Sublinhando os desafios do mundo moderno, lembrando a Primeira Encíclica de Bento XVI “Deus caritas est”, o arcebispo Anastas observou que é missão do Cristianismo batalhar pela paz e pela justiça, pela solidariedade entre os homens e povos e defender a dignidade de todo der humano.
Anastas recordou as perseguições sofridas pela Igreja Ortodoxa na Albânia no século passado. “De 1967 até 1990, a Igreja na Albânia foi literalmente levada aos ‘portões do inferno, o que significou o banimento de todas as expressões religiosas. Agora, é tempo de reconstrução pela busca da vida litúrgica, da oração, do catecismo e da tradução e publicação da literatura cristã”. Os frutos dessa reconstrução, segundo ele, podem no crescimento do número de vocações clericais e na construção a restauração de igrejas em seu país.
O Papa expressou sua gratidão pela visita e destacou os esforços do primado da Albânia em reconstruir a Igreja no país e em “construir colaboração pacífica entre as fés católica e ortodoxa”. “Seu compromisso nesse sentido alegremente espelha as fraternais relações entre católicos e ortodoxos no seu país e oferece a todo o povo albanês a demonstração de como é possível para os companheiros cristãos viver em harmonia”,disse Bento XVI.
Essa é uma primeira reunião entre Anastas e Bento XVI desde o encontro de ambos no funeral de João Paulo II, em abril de 2005.
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