Justiça condena falso padre que cobrava por missas em São Paulo

São Paulo (Terça, 24-11-2009, Gaudium Press) O “monsenhor” Marcos Rodrigues Fontana, de 48 anos, foi condenado pela justiça a três anos de prisão por estelionato, informou hoje a versão online do jornal Folha de São Paulo. Ele se dizia padre da Igreja Católica e cobrava pela realização de missas fúnebres no cemitério do Araçá, na zona oeste de São Paulo.

A decisão, tomada pelo juiz Waldir Calciolari da 25ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, foi substituída por prestação de serviços e por uma multa de cinco salários mínimos que equivalem a R$ 2.325.

O falso padre cobrava entre R$50 e R$200 pela celebração do rito das exéquias (oração de despedida com corpo presente). Ao longo de um ano, mais de 40 pessoas reclamaram à arquidiocese de São Paulo ao se sentirem enganadas pelo “monsenhor”, título que ostentava.

No entanto, o acusado diz pertencer a “Igreja Católica Apostólica Reunida do Brasil” e que as missas eram realizadas a pedido dos parentes dos mortos.

O juiz Waldir Calciolari argumenta que Fontana usou “a mesma vestimenta de padres da Igreja Católica Apostólica Romana, induziu e manteve a vítima em erro, rezando missa de corpo presente, deixando de esclarecer não ser padre da Igreja Católica Apostólica Romana”.

Segundo a assessoria da arquidiocese de São Paulo, Marcos Rodrigues Fontana “não é padre, nunca foi membro da Igreja Católica e não tem autorização para cobrar pelas missas. Além disso, a igreja a que ele afirma pertencer não existe”.