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Começou ontem a 94º Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Espanhola (CEC)

Madri (Terça, 24-11-2009, Gaudium Press) Teve início ontem e segue até o dia 27 de novembro, a 94º Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Espanhola (CEC), encontro que está sendo realizado na Casa da Igreja, em Madri, capital do país. O presidente da CEC e cardeal arcebispo de Madri, dom Antonio Maria Rouco Varela, abriu o encontro com um discurso inaugural.

Entre os temas a serem abordados durante o encontro estão o ensino da religião e da moral católica nas escolas, a organização do clero, a crise econômica e o próximo Congresso Eucarístico Nacional.

Durante seu discurso, dom Rouco desatacou a preocupação por parte dos bispos, professores e pais de alunos por conta da “deficiente regulamentação jurídica” do ensino da religião e moral católica na escola.

“Acreditamos que a regulamentação vigente sobre esta matéria não está em conformidade com as disposições do Acordo sobre Educação e Assuntos Culturais estabelecido entre a Santa Sé e Espanha”, assinalou o prelado.

Para o purpurado, “a carência de uma verdadeira alternativa acadêmica coloca os professores e alunos de religião e moral católica em uma permanente situação de verdadeira heroicidade pedagógica”.

“A deterioração da formação moral e religiosa na escola não é boa para ninguém e muito menos para os jovens que, na prática, se veem privados dela ou obrigados a recebê-la em condições difíceis e discriminatórias”, destacou dom Rouco.

O cardeal arcebispo de Madrid também expôs a preocupação dos bispos espanhóis pelo conjunto de temas chamado “Educação para a Cidadania” que, “por seu caráter obrigatório, seria programada como uma matéria de formação estritamente cívico-jurídica e não – como é o caso agora – como uma matéria de formação moral e de visão do homem, da vida e do mundo, fórmula típica de um ensino ideológico e doutrinador”, assinalou o cardeal.

O arcebispo destacou, ainda, outros problemas no sistema educativo, como as elevadas taxas de fracasso escolar, a indisciplina, a violência nas salas de aula e a perda de autoridade por parte dos professores.

O purpurado destacou a necessidade de revisar estes problemas com critérios pedagógicos e “com o fim último da educação, claramente definido à luz da verdade do educando”.

Por outro lado, dom Rouco disse em seu discurso que a assembleia desta semana se centrará em estudar a situação das dioceses e delinear propostas para renovar o ministério sacerdotal na Espanha. “Os sacerdotes são menos e mais idosos do que alguns anos atrás”, admitiu.

A idade média do clero diocesano espanhol é 63,30 anos, alcançando em alguns lugares 72,04 anos. Cada sacerdote secular tem de atender, em média, 3.445 pessoas, disse o purpurado, e em partes da Espanha, o número sobe para 9.000.

Os bispos irão refletir sobre estes e outros dados “para ir perfilando propostas concretas para financiar a renovação do ministério sacerdotal na Espanha de hoje, tanto no que toca a vida dos presbíteros como a sua distribuição, a organização do seu trabalho e o fomento das vocações”.

Por fim, o arcebispo de Madri indicou que a preparação e realização do próximo Dia Mundial da Juventude, em 2011, em Madri, deve “nos oferecer uma oportunidade única para a promoção da pastoral juvenil, em particular, a da vocação”.

 

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