Diocese gaúcha de Santo Ângelo celebrará com romaria 400 anos de jesuítas no estado
Caibaté (Sexta, 13-11-2009, Gaudium Press) A diocese de Santo Ângelo, no Rio Grande do Sul, em memória aos 400 anos de catequese missioneira, realizará no próximo dia 15 de novembro a 76ª edição da Romaria Diocesana ao Santuário do Caaró, na cidade de Caibaté. A data celebra o trabalho realizado pelos missionários jesuítas, desde 1609, junto aos indígenas, povoadores dessa região missioneira.
De acordo com Pe. Carlos José Griebeler, professor do Instituto Missioneiro de Teologia de Santo Ângelo, o desafio da catequese e da intensificação da ação missionária continua sempre atual. “As tarefas da evangelização estão a exigir disposição vibrante, entusiasmo renovado e dedicação ardente, motivas pela presença permanente da força do Espírito Santo”, diz o religioso.
A romaria, que terá com lema “Nosso coração arde”, iniciará às 9hs com celebrações comemorativas, santa missa e benção da saúde. Haverá também um momento de memória ao martírio dos santos Roque Gonzáles, João de Castilhos e Afonso Rodrigues, missionários pioneiros da região.
“Em nossa caminhada de Igreja Diocesana, queremos sentir, também de modo vibrante, o que os discípulos, a caminho de Emaús, viveram e disseram: ‘não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?”, destaca Pe. Griebeler .
O Santuário do Caaró fica localizado na RS 536, na cidade gaúcha de Caibaté, conhecida como o “Coração das Missões”.
Região das Missões
Os Povos Missioneiros eram constituídos basicamente por índios guaranis e tapes que habitavam a região onde hoje é o Rio Grande do Sul. Em 1626, começaram a ser divididos pelos jesuítas em reduções – povoados habitados por índios e catequistas. Entre 1636 e 1639, sofreram duros ataques dos bandeirantes, mas retornaram em 1682, fundando os históricos Sete Povos das Missões.
Próximas de São Miguel estão as ruínas de outras três reduções: São Lourenço Mártir, São João Batista e São Nicolau, que completam os Sete Povos ao lado de São Borja, São Luís Gonzaga e Santo Ângelo. Nos três últimos, não restou pedra sobre pedra, embora Santo Ângelo abrigue a Catedral Angelopolitana, réplica da Igreja do antigo povo de São Miguel.
A região das Missões tem 400 anos de história, e permite reviver a obra evangelizadora dos Padres da Companhia de Jesus e sua determinação em converter à fé cristã os índios que habitavam a região.
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