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Padre José Anchieta é tema de simpósio em Roma

Roma (Sexta, 13-11-2009, Gaudium Press) Foi realizado ontem, na Embaixada do Brasil junto ao governo italiano, na Piazza Navona, o simpósio “José de Anchieta, o Apóstolo do Brasil”. O encontro foi promovido pela Embaixada brasileira junto a Santa Sé, em parceria com o Programa Brasileiro da Rádio Vaticano. As informações são da Rádio Vaticana. Entre os presentes durante a conferência, estavam os bispos do Regional Sul 1 (que compreende o Estado de São Paulo) em visita Ad Limina, entre eles, o cardeal arcebispo de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer.

Também participaram o embaixador brasileiro junto a Santa Sé, Luiz Felipe de Seixas Corrêa, o responsável pelo Programa Brasileiro e ex-Vice-postulador da Causa de Canonização de Anchieta, padre Cesar Augusto dos Santos, o postulador-geral da Companhia de Jesus, padre Anton Witwer, o e cardeal arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, dom Geraldo Magella Agnelo, e o prefeito da Congregação para o Clero, dom Cláudio Hummes.

Os conferencistas abordaram diversos aspectos do beato tais como o Anchieta histórico, precursor do chamado “encontro de dois mundos”, o Anchieta jesuíta, “conquistador de almas”, e o andamento de seu processo de canonização.

Ao cumprimentar os presentes no simpósio, Luiz Felipe Corrêa falou de Anchieta como uma figura chave na formação do Brasil ao ressaltar seu caráter “fundamental à compreensão deste mosaico que se foi compondo ao longo dos séculos e que originou a cultura brasileira”.

O padre Cesar Augusto explanou aos presentes, durante o simpósio, o histórico completo da vida do beato, desde seu nascimento, em uma família cristã em Tenerife, Espanha, até o seu falecimento aos 63 anos, em Reritiba, atual Anchieta, no Espírito Santo.

Pe. Cesar delineou todo o percurso de vida e santidade do beato, como a fundação do pequeno Colégio São Paulo de Piratininga, em 25 de janeiro de 1554, onde Padre Anchieta participou da primeira missa e iniciou seu trabalho de conversão, batismo e catequese dos índios.

Logo depois, foi a vez do padre Anton, postulador-geral da Companhia de Jesus, estabelecer a diferença teológica entre o que é beatificação e canonização. “Com a beatificação, o Papa concede um culto litúrgico do beatificado à igreja local”, observou.

O que falta à canonização do padre Anchieta, segundo o religioso, é a aprovação de um milagre ocorrido depois da beatificação, com o qual a Igreja declara definitivamente que o canonizado faz parte dos santos no céu.

“Sobre a causa de canonização de José de Anchieta, nos encontramos neste ‘tempo de advento’, e só me resta desejar à Igreja no Brasil o aprofundamento contínuo da sua confiança em Deus, pedindo a intercessão do Beato José de Anchieta”, afirmou padre Anton.

O prefeito da Congregação para o Clero, cardeal Cláudio Hummes, concluiu o simpósio e tratou de temas atuais referentes ao beato brasileiro, explicando a necessidade de evangelização e propagação da autêntica fé nos dias de hoje.

Dom Hummes pediu aos bispos que divulguem, entre os fiéis, a santidade de Anchieta e convidou as dioceses a promoverem novenas e peregrinações das relíquias do Apóstolo do Brasil, com o objetivo de despertar o interesse popular e a devoção ao beato.

No encerramento, o  cardeal arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, dom Geraldo Magella Agnelo, apresentou uma relíquia do beato e concedeu a sua benção.

 

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