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Católicos na Nigéria se vestem de preto em luto por sequestros e assassinatos

Nigéria – Abuja (Quarta-feira, 26-02-2020, Gaudium Press) O Secretário Geral do Secretariado Católico da Nigéria (CSN), Padre Zacharia Nyantiso Samjumi, comunicou aos fiéis do país a decisão dos Bispos de pedir aos fiéis demostrarem sua dor e proximidade às vítimas de sequestro e assassinato na nação. Além de unir-se em oração pelo país, os fiéis se vestirão de negro na Quarta-Feira de Cinzas.

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Padre Zacharia Nyantiso Samjumi, Secretário Geral do
Secretariado Católico da Nigéria. Foto: CSN.

“O Conselho Administrativo da Conferência de Bispos Católicos da Nigéria (CBCN) indicou que lhes comuniquei que diante da situação de segurança atual, a Igreja necessita falar em voz alta e atuar contra o nível de insegurança no país”, declarou o Secretário Geral. Os Bispos pediram que “na Quarta-feira de Cinzas, 26 de fevereiro de 2020, todos os católicos, em solidariedade com as muitas pessoas sequestradas e assassinadas, realizem um protesto, vestidos de negro”, segundo informou ACI África.

Além do gesto da Quarta-feira de Cinzas, os Bispos determinaram que no domingo 1º de março “não se celebre Missas noturnas em nossas paróquias da cidade”, afirmou uma mensagem dirigida aos párocos. “Essa noite, teremos um protesto de oração pacífica contra os assassinatos incessantes e a insegurança em nosso país”.

“Estamos tristes. Estamos em dor e luto. Mas estamos seguros de que a luz de Cristo, que brilha em nossos corações, iluminará os rincões escuros de nossa sociedade nigeriana”, expressaram os Bispos. “A situação atual na Nigéria nos desafia a todos a uma vida de testemunho coerente do Evangelho. O impacto de nossa Fé Cristã deve sentir-se na vida pública. Este não é um momento de compromissos por conveniência pessoal, mas de heroísmo nas virtudes cristãs”.

Os prelados lamentaram a intensa situação de violência que afeta particularmente os fiéis através de ataques terroristas e os frequentes sequestros extorsivos vinculados a grupos como Boko Haram, e denunciaram a impunidade dos autores e a inação das autoridades que permite a continuidade das atrocidades. “Em pouco tempo, será Páscoa e o Senhor mostrará que triunfou sobre o mal, a escuridão e a morte”, concluíram os prelados. (EPC)

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