Aborto é “pecado que brada aos Céus”, afirmam Bispos da Colômbia
Bogotá – Colômbia (Sexta-feira, 21-02-2020, Gaudium Press) “O aborto na Colômbia: pena de morte contra os inocentes!”
Este foi o título que a Conferência Episcopal da Colômbia deu a uma mensagem em vídeo divulgada através de suas redes sociais.
O intuito da Mensagem é ser um convite à reflexão sobre a prática do aborto e as consequências que ela gera.
O aborto “é uma falta gravíssima que clama ao Céu”, recordam os Bispos. |
O Vídeo
No vídeo da Conferência Episcopal são apresentados médicos, comunicadores, líderes pró-vida e um advogado explicando diferentes pontos sobre a despenalização do aborto na Colômbia.
Como se sabe desde uma lei de 2006, supostamente só é permitido o aborto em casos de risco de vida da mãe, estupro e malformações do feto.
O vídeo foi publicado na quarta-feira, 19 de fevereiro, no mesmo dia em que o juiz Alejandro Linares propôs ao Tribunal Constitucional que as mulheres possam abortar livremente antes das 16 semanas de gestação, eliminando a restrição das três causas.
O Tribunal deve debater e tomar uma decisão a esse respeito nos dias seguintes.
Depoimentos e testemunhos
A propósito do surgimento e aplicação desta Lei de 2006 que facilitou a prática do aborto, o Vídeo traz depoimentos:
“Disseram-nos que só iam abortar os bebês em caso de risco de vida da mãe, mas estão abortando crianças de nove meses de gestação, apenas porque a mãe se sente estressada. Disseram-nos que só sacrificariam bebês que não poderiam sobreviver fora do útero, mas hoje vemos como matam centenas de bebês com deficiência. Disseram-nos que o aborto era a solução para os estupros de mulheres, mas a realidade é que o aborto deixa o estuprador impune”, diz a jornalista Alexandra Serna.
“Direito fundamental ao aborto”
A mensagem em vídeo critica a regulamentação do aborto que está sendo desenvolvida pelo Ministério da Saúde (MinSalud) e que propõe validar essa prática até o nono mês de gestação.
Além disso, recorda-se que o ministério mencionado pediu ao Congresso para “criar o direito fundamental ao aborto”.
A história trágica de Juan Se e o “feticídio”
A líder pró-vida, Andrea Garzón, recordou a trágica história de Juan Se, bebê de sete meses de gestação que foi abortado pela instituição denominada “Profamilia”, apesar de seu pai, Juan Pablo Medina, ter pedido que “respeitassem o direito à vida de seu filho”.
O vídeo dos Bispos traz depoimento do ginecologista Marco Antônio Gómez, que forneceu detalhes sobre o caso:
Ele explicou que, a partir da 24ª semana de gestação (sexto mês), quando ocorre um aborto, estaria se falando de um “feticídio”, que “consiste basicamente em aplicar um medicamento letal diretamente ao feto e, depois, ao comprovar que está morto, proceder para induzir o trabalho de parto ou uma cesariana”.
Pecado que brada aos Céus
No final da mensagem, o secretário-geral da Conferência Episcopal da Colômbia, Dom Elkin Fernando Álvarez Botero, reforçou que “o aborto não é apenas uma questão de fé, de um credo, mas de humanidade”.
O aborto, salientou o Bispo, “é uma falta gravíssima que clama ao Céu; por isso, todos os batizados somos convidados a defender de maneira especial a vida por nascer”.
(JSG)
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