Canto do primeiro “Regina Coeli” de Bento XVI foi inspiração para disco

Roma (Quinta, 12-11-2009, Gaudium Press) No próximo dia 30 de novembro será colocado à venda nas lojas do mundo o primeiro cd com gravações do Papa Bento XVI, com reproduções de seu primeiro “Regina Coeli” (hino em latim que substitui a oração mariana do Ângelus durante o período pascal na Igreja Católica). O cd contará com faixas musicais compostas por um católico, o compositor erudito italiano Stefano Mainetti; um ateu, o compositor inglês de trilhas sonoras Simon Boswell; e o muçulmano Nour Eddine, compositor marroquino folclorístico. A apresentação do cd aconteceu ontem na Sala Giulio Cesare, em Roma.

A “doçura” do primeiro “Regina Coeli” (Rainha dos Céus) cantado por Bento XVI em 1º de maio de 2005, no primeiro encontro com os fiéis para a oração mariana de meio-dia depois de sua eleição ao trono de Pedro, foi a inspiração para o disco, dizem os produtores. Os trabalhos duraram quatro anos. Com este disco se quer promover a teologia mariana de Bento XVI. O Papa, aliás, já recebeu uma das primieras cópias do álbum, cujo concerto de apresentação do acontecerá na Abadia de Westminster, em Londres, no próximo dia 2 de dezembro.

“Alma Mater” é fruto de uma co-produção dos Padres Paulinos SanPaolo Multimedia e da Geffen Records, que é subsidiária da Universal Musical Group da Grã Bretanha. O disco contém 8 faixas, sendo que cada uma inicia com seis linhas da “Ladainha de Loreto” em canto gregoriano, seguida de uma nova composição de música erudita com a voz do Santo Padre, que lê uma oração mariana ou uma reflexão sobre a Virgem Maria. “A beleza desta gravação está em celebrar a beleza da música”, comenta Colin Barlow, presidente da Geffen Records GB.

O disco contém 8 fragmentos das orações e reflexões do Papa em um total de 9 minutos e 49 segundos. A gravação da voz de Bento XVI, cujos direitos pertencem à Rádio Vaticana, foi vendida, como revelou Pe. Lombardi, diretor da RV e CTV, por 25 mil euros, apenas para sua utilização neste projeto. Por outro lado, o CTV (Centro Televisivo Vaticano) emprestou as imagens do Santo Padre para os concertos e para a publicidade por 6.580 euros. O Vaticano não receberá mais nenhum dinheiro por este projeto, e pediu para que fosse dada uma parte da renda obtida com a venda às crianças pobres com dotes musicais. Este pedido veio da Secretaria de Estado e encontra total aceitação da parte do Santo Padre.

O canto gregoriano é cantado pelo coro da Academia Filarmônica de Roma sob a direção de dom Pablo Colino e a música é executada pela Orquestra Real Filarmônica de Londres sob a regência do maestro Charles Dutoit. A gravação do coro foi feita na Basílica de São Pedro, durante a noite, por motivos de ordem prática, visto que é o único momento em que as visitas dos turistas e peregrinos não seriam prejudicadas. A orquestração foi gravada no Abbey Road Studios de Londres.

Depois da apresentação, aconteceu um breve concerto na Basílica de Santa Maria em Ara Coeli, perto do Campidólio, com a execução de algumas faixas do cd.

Esta não é a primeira vez que um sucessor de São Pedro participa com músicas e cultura. Em 1999, o então papa João Paulo II participou de uma iniciativa semelhante. A primeira tiragem do CD “Abba Pater”, com prensagem de mais um milhão de cópias, esgotou-se em poucos dias.