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Fechamento de templos e fusões de paróquias aceleram o abandono da Igreja na Holanda

Holanda – Amsterdã (Quinta-feira, 23-01-2020, Gaudium Press) O periódico católico holandês ‘Katholiek Nieuswblad’ publicou um relatório sobre as “consequências econômicas e sociais do fechamento de templos”, uma pesquisa desenvolvida durante um ano. Em suas conclusões o informativo alertou sobre os baixos índices de participação dos fiéis na Eucaristia e a possibilidade de que os fechamentos motivem comunidades inteiras a deixar de praticar sua Fé.

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O preocupante panorama foi exposto pelo editor chefe do periódico, Anton De Wit, como “o ponto inicial de uma nova reflexão muito necessária sobre o futuro da Igreja”, em momentos em que a onda de secularização pode não ter chegado ao seu ponto mais alto. Exemplos como a Diocese de Utrecht, onde se propôs que 326 paróquias sejam fundidas em 48 unidades territoriais, motivaram protestos de fiéis católicos contra a “destruição de comunidades”. Mas a realidade analisada no relatório é mais complexa.

“Se espera que as pessoas cheguem à conclusão óbvia: que se você deseja que seu templo continue aberto, não somente necessita apoiá-lo financeiramente, também tem que visitar mais a ele”, expôs um dos editores, Peter Doorakkers. “Mas se você olha os números nas Eucaristias agora e as idades médias, é óbvio que mais templos fecharão no futuro próximo”.

Uma análise das comunidades cujos templos fecharam ofereceu dados preocupantes. No lugar de incorporar-se a outras paróquias, muitos fiéis deixam de assistir a Igreja ou inclusive assistem a serviços religiosos de outras denominações que adquirem os templos. As paróquias que conservam sua vitalidade estão constituídas por poloneses e outras minorias católicas. Enquanto diversas paróquias fazem esforços de renovação e registram bons resultados, “é necessariamente a pequena escala”, advertiu o editor.

A assistência à Eucaristia declinou de maneira pronunciada, enquanto que o país se mantém na vanguarda mundial na introdução de políticas contrárias à moral católica como a legalização da prostituição, o consumo de maconha, a eutanásia e as uniões não equiparáveis ao matrimônio. O número dos sacerdotes diminuiu e o número de sacerdotes estrangeiros servindo no país aumentou o dobro, representado até 22 por cento do total. (EPC)

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