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Bento XVI pede pacificação e por ajuda humanitária para o Sri Lanka

Cidade do Vaticano (Quarta, 11-11-2009, Gaudium Press) Ao fim da audiência geral desta quarta-feira, o Papa Bento XVI lançou um apelo à comunidade internacional para que se faça algo de concreto “em favor das necessidades humanitárias e econômicas do Sri Lanka”. Pede, além disso, aos cidadãos do país, por uma rápida pacificação, pelo respeito dos direitos humanos e uma justa solução política.

O Santo Padre referiu-se à guerra civil do Sri Lanka, na qual o exército do país encurralou os guerrilheiros tâmeis no nordeste da ilha e atacou militarmente a cúpula rebelde. O conflito, terminado em maio, deixou quase 100 mil mortos e milhares de refugiados e desabrigados.

Na catequese, o Santo Padre voltou a falar sobre a teologia medieval. Há semanas Bento XVI apresenta, durante a tradicional audiência geral de quarta-feira, o tema da cultura cristã da Idade Média. Hoje pela manhã, ele concentrou-se na reforma do grande Mosteiro de Cluny, cuja contribuição foi definitiva na mudança da cultura dos mosteiros europeus.

O mosteiro de Cluny iniciou um movimento monástico de grande importância na Idade Média, que restaurou a observância da Regra beneditina. Os monges do mosteiro colocaram a celebração litúrgica no centro da vida cristã, com a música sacra, a arquitetura e a arte, convencidos de que é participação na liturgia celestial. Enriqueceu também o calendário litúrgico, acrescentando, por exemplo, a celebração de finados.

Cluny adquiriu logo fama de santidade, e deu origem a quase dois mil mosteiros em diversos países da Europa. Esta difusão foi possível também à dependência direta ao Romano Pontífice, que liberava os mosteiros das ingerências das autoridades locais. Foi definida a reforma monástica, restaurado o celibato dos sacerdotes e eliminada a simonia. Foi também ressaltada a identidade do continente europeu com a “superioridade do espírito, respeito pelos direitos humanos, contribuição na paz e no autêntico e integral humanismo”.

Apesar do tempo bom em Roma e da numerosa participação dos peregrinos, a audiência aconteceu na Sala Paulo VI, no Vaticano. Como informou a Prefeitura da Casa Pontifícia, entre os 9 mil peregrinos provenientes do mundo todo, não faltaram também grupos da América Latina, entre os quais, dois do Brasil (um grupo de 117 visitantes e outro de 60 da paróquia “Imaculado Coração de Maria” de Criciúma), de El Salvador e da Argentina.

Depois da breve síntese da cataquese em português, o Papa saudou os peregrinos brasileiros confiando-os aos apóstolos São Pedro e São Paulo: “Saúdo os fiéis da paróquia Imaculado Coração de Maria em Criciúma e demais grupos vindos do Brasil. Para vós e todos os peregrinos lusófonos presentes, vai a minha saudação cordial, com votos de boa viagem de regresso às vossas terras e famílias, que vos esperam transfigurados pela graça desta romaria penitencial aos túmulos dos Apóstolos São Pedro e São Paulo. Também eu vo-lo desejo, ao dar-vos, propiciadora de abundantes graças celestes, a Bênção Apostólica.”

A saudação também foi feita em espanhol, após a síntese da catequese: “Saludo a los peregrinos de lengua española, en particular a los venidos de España, El Salvador, Argentina y otros países latinoamericanos. Que sepamos apreciar y cultivar los bienes del espíritu y el verdadero humanismo de los monjes de Cluny.”

Em italiano o Papa dirigiu cordiais saudações aos oficiais e aos alunos da Guarda de Finanças do Quartel de Coppito de Aquila, cuja sede tornou-se ponto de referência à população de Aquila.

 

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