Cresce a perseguição dos católicos por parte do governo comunista chinês
Redação (Segunda-feira, 13-01-2020, Gaudium Press) As autoridades comunistas da China, ao invés de conceder uma maior liberdade aos fiéis católicos, impõem piores restrições e vulnerabilidades aos direitos após a assinatura do acordo com a Santa Sé. Esta paradoxal atitude do regime foi ratificada pela Comissão Executiva do Congresso dos Estados Unidos sobre a China em seu relatório de 2019.
O relatório anual sobre direitos humanos e o estado de direito registrou a continuidade de “graves violações dos direitos humanos nas regiões de minorias étnicas, violações da liberdade religiosa, assédio de defensores de direitos e advogados, repressão da liberdade de expressão e restrições onerosas à sociedade civil”. Um dos anexos do texto se dedica particularmente à liberdade religiosa e descreve um preocupante panorama.
“Acadêmicos e grupos internacionais de direitos têm descrito a perseguição religiosa na China no último ano como de uma intensidade não vista desde a Revolução Cultural”, declara o relatório. O período da Revolução Cultural corresponde à violenta repressão da religião em meados do século XX. Os membros da comissão criticaram a imposição da “sinização” das religiões por parte do presidente chinês Xi jinping e descreveram esta iniciativa como “uma campanha que busca submeter a religião na China sob um estrito controle oficial e à conformidade com as interpretações oficiais da cultura chinesa”.
O relatório detalhou atos de perseguição contra as comunidades cristãs e citou o caso expresso dos católicos, que após o acordo assinado entre o Ministério de Assuntos Exteriores e a Santa Sé para buscar a unidade entre as comunidades oficiais e subterrâneas, foram submetidos a “uma perseguição crescente ao demolir templos, retirar cruzes e continuar realizando detenções de clérigos subterrâneos”.
O documento incluiu em suas recomendações ao Congresso a defesa dos “direitos dos católicos a serem dirigidos por um clero que seja selecionado e conduza seu ministério de acordo com o padrão estabelecido pelas crenças religiosas católicas”. Esta exigência é necessária diante das reiteradas tentativas das autoridades de obter um controle total sobre detalhes da vida da Igreja como a nomeação de Bispos e sacerdotes com o fim de impôr uma interpretação oficial da Fé que coincida com a ideologia política do partido comunista. (EPC)
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