Se iniciou uma nova era de perseguição violenta à Igreja no Ocidente?
Redação (Segunda-feira, 18-11-2019, Gaudium Press) Se iniciou uma nova era de perseguição violenta à Igreja no Ocidente?
É difícil negar.
Depois das igrejas profanadas, saqueadas e queimadas no Chile; dos ataques, do assédio e sem dúvida da perseguição à Igreja em Nicarágua e Venezuela; da queimada contínua de igrejas na França; ou da muito recente queimada da imagem de ‘Jesus com a cruz nas costas’ na ermita do Santo Sepulcro da villa de Tauste, em Zaragoza (Espanha), é muito difícil afirmar que estamos diante um fenômeno casual, ante fatos isolados.
No Chile a princípio não era tão visível o fenômeno, pois o ataque às igrejas poderia ser visto como mais um no marco dos grandes desastres que se seguem causando por lá. Mas após a profanação da igreja de São Francisco, em Valdivia, e o ataque à catedral de Puerto Montt, não cabe senão assumir que nesse país a religião cristã está sob um ataque direto e sistemático. É como se uma eletricidade sinistra, de origem obscura, enervasse corações predispostos a expressar violentamente seu ódio incontido até a Fé, passando por cima do temor à represálias ou a aplicação da lei. Algo irracional, mas muito real.
Mas é claro que não é somente o Chile. Na França os incêndios e os ataques à igreja se têm prolongado durante meses, passando mais ou menos desapercibidas até que o volume o fez impossível. Apesar da declaração em contrário das autoridades francesas, hoje por hoje muitos seguem crendo que o incêndio em Notre Dame não foi espontâneo mas premeditado.
O da igreja em Zaragoza, Espanha, se soma a alguns ataques ‘não tão graves’ contra símbolos religiosos nos tempos recentes. A questão é que na Espanha qualquer queima contra a Igreja recorda fatos muito dolorosos, levanta fantasmas que ainda não foram ‘exorcizados’, de um passado ainda não tão distante…
Inclusive no bondoso e pacífico Brasil, meios oligopólicos de comunicação perturbam suas audiências com ataques já não velados, e bem exacerbados até a prática tradicional católica e a algumas de suas instituições mais conhecidas. E depois de contemplar todo o conjunto, alguém pode se perguntar: o que vai acontecer agora?
A Igreja já sofreu perseguições, e as piores. Isso não significa que não se temam, que não se sofram. No entanto, repassando a História, que é mestra da vida, a Igreja sabe que durante os ataques, aí segue o Espírito Santo animando-a, sustentando-a, fazendo-a crescer. E ao final, assim como Cristo venceu a morte, a Igreja -no poético dizer de um Bispo- contempla serena e altiva o passar do cortejo triste e fúnebre de seus perseguidores.
Confiança, Cristo venceu ao mundo.
Por Saúl Castiblanco
Traduzido por Emílio Portugal Coutinho
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