Papa Francisco: Capitalismo inclusivo é "ser mais" e não "ter mais"
Cidade do Vaticano (Terça-feira, 12-11-2019, Gaudium Press) Os membros do denominado “Conselho em prol de um Capitalismo Inclusivo” foram recebidos pelo Papa Francisco na segunda-feira, 11 de novembro, no Vaticano.
Segundo foi informado, o Conselho é um dos frutos do Fórum Global “Fortune and Time”, realizado em 2016, quando foi dado destaque à necessidade de modelos econômicos mais inclusivos e equitativos.
Paulo VI
Em sua fala aos membros do Conselho Francisco afirmou ser “necessário e urgente um sistema econômico justo, confiável e capaz de responder aos desafios mais radicais que a humanidade e o planeta devem enfrentar”.
Relembrando Paulo VI, o Papa afirmou que o verdadeiro desenvolvimento não pode limitar-se somente ao crescimento econômico, mas favorecer a promoção de cada homem e de todo homem.
Afirmando se pensamento diante de seus ouvintes, Francisco reiterou que um sistema econômico saudável não pode ser baseado nos lucros a curto prazo em detrimento de um desenvolvimento e investimentos produtivos, sustentáveis e socialmente responsáveis a longo prazo.
Continuando a expressar seu pensamento, o Papa afirmou que a ideia de um sistema econômico saudável significa muito mais do que “enquadrar as contas” ou oferecer uma ampla variedade de bens de consumo, mas “uma renovação, uma purificação e um reforço de válidos modelos baseados na nossa conversão pessoal e generosidade para com os mais necessitados”.
Para Francisco, “Um sistema econômico sem preocupações éticas não conduz a uma ordem social mais justa, mas leva, ao invés, a uma cultura descartável dos consumos”.
Moral, Ter mais e Ser mais
Os membros do “Fortune and Time”, ouviram de Francisco que somente reconhecendo a dimensão moral da vida econômica somos capazes de agir com caridade fraterna, desejando, buscando e protegendo o bem dos outros e o seu desenvolvimento integral.
Em outras palavras, acrescentou o Papa, não se trata simplesmente de “ter mais”, mas “ser mais”. Quando isto acontece, há uma renovação profunda das mentes e dos corações, de modo que a pessoa humana possa ser sempre colocada no centro da vida social, cultural e econômica, disse.
(JSG)
Deixe seu comentário