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Equador: primeiro cemitério especial para crianças não nascidas

Guayaquil – Equador (Segunda-feira, 11-11-201-, Gaudium Press) Com o apoio da Arquidiocese de Guayaquil, no Equador, e da Junta de Beneficência da cidade foi inaugurado e abençoado, no Cemitério Metropolitano da cidade, um pavilhão especial para dar sepultura as crianças não nascidas numa iniciativa promovida pelo movimento “Bebês nos corações de Jesus e Maria”.

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Os bebês NN

A Junta de Beneficência acaba de destinar um local no Cemitério de Guayaquil onde “serão enterrados os bebês NN (Não Nascidos) que a instituição receber para esse fim”.

Em um local especial foi construído um bloco de sepulturas com capacidade para 24 nichos onde serão enterrados os bebês que não nasceram.

Em informações prestadas à Agencia ACI, a subdiretora do movimento, Estela Zea de Furlato, comentou que o projeto começou apenas como a compra de um nicho, adquirido pela diretora do movimento “Bebês nos corações de Jesus e Maria”, Maria Cecilia Lasso.

Porém, com o apoio do gerente comercial da Junta de Beneficência e membro do movimento, César Salmon, “o que era um espaço se tornou 24, e agora a junta também nos ofereceu se precisarmos de mais, para continuar crescendo com este pavilhão”.

Filho que não pode nascer

Essa obra de misericórdia complementa o trabalho realizado pelo Projeto Esperança, uma ação de apostolado que acolhe e acompanha as mães que perderam seus bebês devido a um aborto induzido ou espontâneo.

Ela faz parte de um processo de acompanhamento, reconciliação e encontro da família com o filho que não pôde nascer.

É “uma maneira de viver esse luto causado pela perda gestacional é obviamente dar santa sepultura ao bebê”, comentou Zea.

“Enfrentar o luto faz parte da cura para essas pessoas, e muitas vezes esse luto não é enfrentado, e essa [iniciativa] é uma maneira tangível e real de fazê-lo”, disse.

Bebê que não nasceu?

As pessoas “se referem ao nascituro como um bebê que nunca nasceu, mas ele realmente nasceu no ventre da mãe e viveu”, e é por isso que “merece que o luto seja vivido”, afirmou Zea.

Este ato de misericórdia é um ato de compaixão, e solidariedade para com a necessidade do outro.

Serviço gratuito e Arquidiocese

Sendo um serviço gratuito, não se trata de uma esmola:

“O espaço dentro do Cemitério Metropolitano é pensado precisamente para famílias vulneráveis que não têm onde enterrar seus bebês não nascidos”.

Para se ter acesso ao espaço no cemitério é necessário procurar a Arquidiocese de Guayaquil e seguir as indicações que forem fornecidas.

Isto vale tanto para as famílias que solicitam espaço nos nichos para seus filhos não nascidos quanto para as pessoas que encontram crianças não nascidos abandonadas.

“Dor impossível de se acalmar com palavras humanas”

No dia da inauguração, o Arcebispo de Guayaquil, Dom Luis Cabrera, celebrou uma Missa em memória dos bebês não nascidos.

Dom Cabrera disse na homilia que a perda de um filho é “uma dor impossível de acalmar com palavras humanas, apenas a presença de Deus é capaz de alcançar o mais profundo para encher com esse bálsamo de paz, de esperança”.

Estela Zea contou que entre os 200 fiéis presentes estava uma velha senhora de 83 anos que, apesar de tanto tempo ainda sofre por seus quatro filhos que não conseguiram nascer e vinha pedir orações por eles.

(JSG)

 

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