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São Frei Galvão: fatos extraordinários, comuns na vida do Santo

No dia 25 de outubro, a Igreja Católica recorda Santo Antônio de Santana Galvão, primeiro Santo brasileiro canonizado e modelo para os cristãos brasileiros.

SH2510 Antonio Sant Ana Galvao Convento da Luz Lucio Cesar Rodrigues Alves

Redação (25/10/2022 09:53, Gaudium Press) O Santo franciscano praticou em grau heroico todas as virtudes cristãs, sobretudo o amor de Deus. E daí é que decorriam todas as suas santas atitudes. Deus Nosso Senhor, por isso mesmo, lhe proporcionou dons e favores que ele sempre os colocou a serviço da misericórdia divina e para o bem das almas.

Ainda em vida eram reconhecidos pelos fiéis estes seus dons sobrenaturais.

Os dons mais comentados eram aqueles que caracterizavam uma ação sobrenatural que hoje em dia seriam denominadas como bilocação, telepatia, premonição, clarividência, levitação, tele percepção. Vejamos alguns fatos extraordinários.

O senhor caminha sem pisar no chão?

Caminhando por uma das estreitas ruas de São Paulo daquele tempo, uma senhora viu que, na direção oposta, vinha Frei Galvão. Ela passou a colocar toda sua atenção no frade famoso.

Ele vinha tão recolhido que parecia ter seus pensamentos postos no Céu e, cada vez aproximava-se mais da, então, já intrigada senhora.
Quando os dois se cruzavam, a mulher, com respeito e espanto, dirigiu-se a ele perguntando:

– Senhor Padre, vossemecê anda sem pisar no chão?

Frei Galvão sorriu, cumprimentou-a e seguiu adiante.

No Mosteiro da Luz há vários testemunhos sobre o dom de levitação que tinha Frei Galvão. Este é apenas um deles.

Não choveu na Praça

Em todas as vilas e cidades por onde passava, a pedido dos párocos, Frei Galvão celebrava Missas e pregava. Por vezes, era tanta gente que acorria para ouvi-lo que a Igreja não comportava tantos fiéis e era necessário pregar ao ar livre.

Em Guaratinguetá, ocorreu um fato extraordinário: o sermão havia começado, quando repentinamente formou-se uma grande tempestade. A chuva aproximava-se perigosamente do largo onde o Santo celebrava e faria seu sermão. Ao ver isso os fiéis davam mostras de querer ir embora. Frei Galvão, porém, lhes disse que ficassem pois nada lhes aconteceria.

Dito e feito: a chuva caia forte e volumosa molhando tudo em redor do local onde estavam. Só na praça onde estava o altar para a celebração continuou seco: nenhum só pingo caiu sobre ele…

Estando em São Paulo, atende moribundo em outra cidade

Este fato ocorreu por volta de 1810, às margens do rio Tietê, no distrito de Potunduva, município de Jaú, próximo à Pederneiras e Bauru:

Manuel Portes, capataz de uma expedição de vinha de Cuiabá, homem de temperamento instável, castigou severamente o caboclo Apolinário por indisciplina. Para vingar-se, o caboclo o atacou pelas costas com um enorme facão, e fugiu. Sentindo que iria morrer, Manuel Portes desesperado pôs-se a gritar:

– Meu Deus, eu morro sem confissão! Senhor Santo Antônio, pedi por mim! Dai-me confessor! Vinde, Frei Galvão, assistir-me!

Eis que então alguém gritou, avisando que um frade se aproximava, e todos identificaram Frei Galvão.

As testemunhas contaram como aconteceu o fato:

“Aproximou-se o querido sacerdote, afastou com um gesto os espectadores da trágica cena, abaixou-se, sentou-se, pôs a cabeça de Portes sobre o colo e falou-lhe em voz baixa, encostando-lhe depois o ouvido aos lábios. Ficou assim alguns instantes, findo os quais abençoou o agonizante. Levantou-se, então, fez um gesto de adeus e afastou-se de modo tão misterioso quanto aparecera”.

Naquele mesmo instante Frei Galvão encontrava-se em São Paulo, fazendo uma pregação. Ele interrompeu seu sermão e pediu para rezarem uma Ave-Maria por um moribundo. Terminada a oração, continuou sua pregação.

Porque os sinos bateram…

Antigamente, quando os sinos badalavam fora de horário de alguma função na Igreja, a comunidade local se reunia pois, já se sabia: algo de extraordinário aconteceu.

Certo dia, os sinos do Mosteiro da Luz tocaram e a população atendeu a convocação que eles faziam. Chegando ao Mosteiro encontraram Frei Galvão, já em idade avançada que os esperava para anunciar:

– Rebentou em Portugal uma revolução!

E passou, então a relatar detalhes do que acontecera como se tivesse assistindo a tudo pessoalmente. Semanas mais tarde chegaram notícias vindas de Portugal que confirmavam os relatos feitos por Frei Galvão. Ele viu tudo.

Você tem vocação, vai ser freira

Uma menina que tinha por volta de nove anos foi levada à presença de Frei Galvão. No decorrer da conversa, perguntou a ela sobre o que desejava ser. E ela respondeu ao Santo Frade que queria ser freira. Frei Antônio a abençoou com carinho e profeticamente lhe confirma a vocação. Aos 19 anos ela ingressa em um Convento.

Que Santo Antônio de Sant’Ana Galvão continue a prodigalizar tantos favores quanto os que já tem obtido para quem o invoca. (JSG)

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