Milhares de católicos celebram jornada de oração na Polônia
Polônia – Wloclawek (Quarta-feira, 18-09-2019, Gaudium Press) Mais de 60 mil pessoas se reuniram nos terrenos de um aeroporto em Wloclawek, Polônia, para celebrar uma jornada penitencial de oração com o lema “Polônia sob a Cruz”. A iniciativa não apenas convocou aos peregrinos que se congregaram na solenidade da Exaltação da Santa Cruz, mas que uniu a milhares de fiéis em todo o território nacional.
“A visão do sofrimento de Cristo pode transformar os corações humanos, estimulando o reconhecimento dos pecados e um pedido de perdão”, pregou o Bispo de Wloclawek, Dom Wieslaw Mering na Missa central da jornada, segundo informou Crux. “Hoje se nos diz que nos divirtamos, desfrutamos da vida, sejamos nós mesmos e nos demos conta de nossos desejos. Mas o caminho à salvação nos conduz através do egoísmo”.
O prelado convidou aos presentes a dar um testemunho valente a todo o mundo, mostrando-se como “verdadeiras testemunhas do Evangelho” e ter “coragem e amor para estar sob a Cruz de Jesus”. O porta-voz do encontro, que cumpriu com as expectativas de converter-se em um marco multitudinário como o Rosário nas Fronteiras, destacou o sentido da grande convocatória: “Quando, em nossos dias, tantas pessoas dão as costas à Cristo, quando a vida eterna de tantas pessoas está em perigo, quando nossos olhos buscam cada vez mais as coisas terrenas, queremos levantar a cabeça e olhar para Jesus, que morre por nós na Cruz”, informou Religión en Libertad.
Diante dos recentes escândalos de acusações à membros da Igreja, atos de vandalismo contra templos católicos e recentes demonstrações blasfemas em manifestações civis condenadas pelos Bispos, a jornada buscava renovar o testemunho dos fiéis. “Vejo nisto uma grande oportunidade para ‘arar’ a antiga Diocese de Wloclawek, que tem os mesmos problemas e dificuldades que a Igreja na Polônia e no mundo”, comentou Dom Mering ao informativo Niedziela. “A identidade católica se vê muito embaçada, especialmente a teologia moral se torna pouco clara. Também há todo tipo de, há que decidi-lo, más tendências na Igreja. por isso necessitamos uma expressão clara e firme de nossa posição em defesa da Igreja e em defesa da Fé”.
“Sou bastante estrito ao avaliar, especialmente nosso meio ambiente. Nós, que usamos batinas, que somos enviados pelo Senhor para pregar o Evangelho, aos poucos não temos a coragem, não conhecemos ou não encontramos os métodos corretos que devemos usar para pregar o Evangelho”, lamentou o prelado. “Hoje, há muita indiferença e um esfriamento dos clérigos. Sua tarefa não é estabelecer relações corretas e amáveis com diversos ambientes, mas proclamar a Cristo em todas as partes, em todos os ambientes. E devido a que tememos a agressão ou inclusive a grosseria, renunciamos a pregação clara, tranquila e reflexiva do Evangelho. É por isso que aqueles leigos que se perguntam o que fazer para apresentar este Evangelho de uma maneira atrativa, para ser notado no mundo, merecem respeito, compreensão e toda ajuda. Os valorizo imensamente”. (EPC)
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