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Por quê a Igreja Católica é Santa?

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Redação (Segunda-feira, 05-08-2019, Gaudium Press) Em inúmeras ocasiões ouvimos falar na liturgia a celebração da memória de um santo, ou mesmo da festa de algum outro; certamente chegamos até a participar da Missa da solenidade dos Apóstolos São Pedro e São Paulo.

É normal, e até necessário, mencionar, comemorar e falar a respeito das virtudes de uma pessoa.

Mas, pode-se dizer outro tanto de uma instituição? Será que uma instituição pode ser chamada com toda propriedade de Santa?

Há meios dela ser capaz de possuir bondade para ser chamada assim?

Sim, é o caso da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, e a razão disso, estimado leitor, está no que será exposto a seguir:

A Igreja é Santa por três principais motivos:

1 – Por causa de seu Fundador

É Santa por causa do seu Fundador: O único Fundador da única Igreja é Jesus Cristo, segunda pessoa da Santíssima Trindade[1]. Ele não só é o Santo dos Santos mas a fonte de toda santidade, o “único santo”[2], do qual os demais santos o são por participação da Santidade d’Ele. É o preciosíssimo sangue d’Ele que lavou e santificou os fiéis, membros de sua Igreja[3]. Só mesmo Nosso Senhor Jesus Cristo, a santidade em substância, poderia ter fundado uma Igreja que perdurasse através dos séculos santa, imaculada e irrepreensível.

2 – Pelos meios de santificação que ela ministra

– Pelos meios de santificação que ela ministra: A santidade consiste em possuir a graça santificante. Ora, alguém só pode dar alguma coisa a outrem se possui esse algo. Disso segue-se que a Igreja proporciona os meios de santificação porque ela “não possui outra vida senão a da graça”[4] a qual procede de seu Fundador. De fato, o catecismo nos deixa claro que: “A Igreja, unida a Cristo, é santificada por Ele; por Ele e n’Ele torna-se também santificante. Todas as obras da Igreja tendem, como seu fim, ‘à santificação dos homens em Cristo e à glorificação de Deus’. É na Igreja que está depositada ‘a plenitude dos meios de salvação’. É nela que ‘adquirimos a santidade pela graça de Deus’.”[5]

Seus meios de santificação superabundam, mas os principais são os sacramentos. Recebendo-os eles aumentam ou infundem a graça santificante, mediante a qual temos a oportunidade de chegar à própria perfeição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Mas também sua multissecular doutrina, seus salutares preceitos e seus sapienciais conselhos fazem parte desses meios; nada há neles que não combata o mal e o pecado, que não encaminhe à virtude mais alta e que não produza os resultados mais benéficos. Como disse o Papa Paulo VI: “é vivendo de sua vida [da Igreja] que seus membros se santificam”[6].

De fato, não é sem razão que o Professor Plinio Corrêa de Oliveira afirmou que “entre todas as civilizações que se formaram ao longo da história, nenhuma produziu riquezas e maravilhas superiores às da Civilização Cristã, nascida do influxo direto da santidade da Igreja Católica, Apostólica, Romana”[7].

 

3 – É santa em seus membros

– É santa em seus membros::Inúmeras vezes São Paulo se refere aos membros da Igreja como “santos”[8]. Com efeito, todo aquele que possui o estado de graça pode ser chamado, em sentido amplo, de santo e tanto mais podem ser chamados assim aqueles que mantêm o estado de graça de maneira continua; portanto, a santidade da Igreja está comprovada também nestas pessoas cujas irreprováveis vidas iluminam sua Sagrada Face, constituindo-se em exemplo e ponto de referência para os homens. São Tomás diz que esta santificação dos fiéis dá-se pela unção espiritual que eles recebem a qual é a graça do Espírito Santo[9].

Por Padre Hernan Luis Cosp Bareiro, EP

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[1] Cf. Bula Unam Sanctam de Bonifácio VIII (Denzinger 468).

[2] Lumen Gentium 39.
[3] Cf. AQUINO, Tomás de. Exposição sobre o Credo. 4. ed. São Paulo: Loyola, 1997. p. 74-75.
[4] Sollemnis professio fidei (Credo do povo de Deus: profissão solene de fé) 19.
[5] Catecismo da Igreja Católica 824.
[6] Sollemnis professio fidei (Credo do povo de Deus: profissão solene de fé) 19. Palavras entre colchetes nossas.
[7] Belezas filhas da santidade. Revista Dr. Plinio. São Paulo: Retornarei, 56, nov. 2002. p. 32.
[8] Cf. Rm 1,7; Rm 15,26; Rm 16,15; 1Cor 1,2; 2Cor 1,1; Ef 1,1; Fl 1,1; 1Te 5,27; Hb 3,1.
[9] Cf. AQUINO, Tomás de. Exposição sobre o Credo. 4. ed. São Paulo: Loyola, 1997. p. 75.

 

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