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Bispos mexicanos declaram novo padroeiro dos leigos

México – Cidade do México (Quinta-feira, 01-08-2019, Gaudium Press) A Conferência do Episcopado Mexicano (CEM) informou através de um comunicado a aprovação do Beato Anacleto González Flores como Padroeiro dos Leigos Mexicanos.

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A votação ocorreu durante a 103ª Assembleia Plenária da Conferência do Episcopado Mexicano, na qual se declarou o Beato como “Padroeiro dos Leigos” e se instituiu a celebração do Dia do Leigo para o terceiro final de semana de novembro. A decisão foi aprovada pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos através de um decreto datado de 11 de julho.

“Na alegria da oração, confiamo-nos ao novo Padroeiro dos Leigos. Que o exemplo do seu amor dedicado a Deus nos recorde que o caminho da santidade é um martírio vivificante, que é possível, somente graças à força de Deus”, diz a mensagem da CEM.

Nascido em Tepatitlán, Jalisco (México), no dia 13 de julho de 1888, o Beato Anacleto González Flores viveu em um ambiente de extrema pobreza. Três anos depois de participar dos Exercícios Espirituais, o jovem mártir entrou no seminário auxiliar de San Juan de los Lagos, onde desenvolveu um vasto conhecimento científico e ganhou o apelido de “Mestre Cleto” por substituir o professor quando este se ausentava.

Entendendo que não tinha vocação sacerdotal, Anacleto ingressou na Escola Livre de Leis, onde se destacou como um notável pedagogo, orador, catequista e líder cristão, tornando-se um defensor leigo dos católicos de Guadalajara.

As tensões entre a Igreja e o Estado mexicano desencadearam a Guerra Cristera. A Constituição restringiu o culto público, limitando o número de sacerdotes, enquanto que outras leis reforçariam as proibições contra a Igreja. Os sacerdotes já não podiam usar suas vestimentas religiosas nas ruas, as congregações religiosas foram suprimidas, assim como o ensino da religião nas escolas.

No dia 31 de julho de 1926, as igrejas suspenderam os cultos, fazendo com que milhares de moradores de diferentes cidades do México se levantassem contra o governo. González foi martirizado durante a Guerra Cristera por defender a liberdade religiosa. Suas últimas palavras foram: “Eu morro, mas Deus não morre. Viva Cristo Rei!”. (EPC)

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