Bispos Filipinos lançam Carta Pastoral sobre Alterações Climáticas
Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 18-07-2019, Gaudium Press) – A propósito das alterações climáticas que castigam países em todo o mundo, a Conferência dos Bispos Católicos das Filipinas (CBCF) acaba lançar uma carta pastoral onde trata dessas alterações e apelam para a implementação de ações concretas que invertam o ciclo de devastação do planeta.
A Carta Pastoral, publicada neste mês de julho é a oitava de uma série de textos que a Conferência dos Bispos Católicos das Filipinas já dedicou à questão do ambiente, nos últimos 30 anos.
O primeiro documento, datado de 1988, tinha como título ‘O que é que está acontecendo com a nossa linda Terra?’.
A atual Carta
O documento atual foi publicado pelo Vatican News.
Na carta dos Bispos filipinos é feito um desfio às diversas comunidades para que haja uma “conversão ecológica” para que sejam capazes de “ouvir o grito da Terra” e para que sejam capazes de ‘mitigar os efeitos nocivos das alterações climáticas”.
Causas do desequilíbrio
A Carta Pastoral enumera práticas que persistem no território das Filipinas e que ameaçam o equilíbrio ambiental e humano.
Ela fala de uma “atividade mineira irresponsável, a construção de barragens, a crescente dependência da energia baseada em combustíveis fosseis, como o carvão”.
Para Dom Romulo Valles, arcebispo de Davao e presidente da Conferência Episcopal das Filipinas, “Vários estudos indicam que as Filipinas são um dos territórios mais vulneráveis às alterações climáticas”.
Para ele é essencial “ativar a ação climática em nome do planeta” e também “em nome de todos quantos não têm voz” no mundo.
Responsabilidades
Os bispos católicos não omitem a responsabilidade da Igreja Católica nesta matéria.
Eles pedem que também as instituições católicas retirem o seu investimento de projetos relacionados com o uso de “energias sujas”, como “centrais elétricas impulsionadas a carvão, as companhias mineiras e outros projetos destrutivos deste gênero”.
“O desinvestimento desde gênero de projetos tem de ser encorajado”, pode ler-se.
“Temos o imperativo moral de agir juntos e de forma decisiva de modo a salvaguardarmos a nossa casa comum. Trata-se de uma responsabilidade e de um dever de todos os cristãos”, afirmam os Bispos das Filipinas. (JSG)
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