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Que a Bíblia percorra as estradas do mundo, deseja o Papa

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 26-04-2019, Gaudium Press) No final da manhã desta sexta-feira, 26/04, os participantes do Congresso Internacional da Federação Bíblica Católica foram recebidos em Audiência pelo Papa Francisco.
O encontro com o Papa foi uma oportunidade para Francisco dizer aos congressistas que “A Bíblia não é uma bela coletânea de livros sagrados a estudar, é Palavra de vida a semear”.

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Congresso

O Congresso da Federação Bíblica Católica teve seu início no dia 23 último e celebra os 50 anos da Federação.

O tema do Encontro é “A Bíblia e a vida: a inspiração bíblica de toda a vida pastoral e missão da Igreja (VD 73) – Experiências e desafios”.

“Bíblia”, “Vida”. Foi a partir dessas duas palavras que o Pontífice desenvolveu o seu discurso.

Palavra de Deus: está viva e dá vida

“A Palavra de Deus é viva, não morre nem envelhece, permanece para sempre”.

“Está viva e dá vida. A Palavra, de fato, traz ao mundo o respiro de Deus, infunde no coração o calor do Senhor através do sopro do Espírito”, disse Francisco, citando o Novo Testamento.

Para o Papa, a Bíblia não é uma bela coletânea de livros sagrados a estudar, é Palavra de vida a semear e o trabalho dos acadêmicos deve ter este fim. Ele disse também que, na Igreja, a Palavra é uma insubstituível injeção de vida, daí, as homilias serem tão fundamentais.

“A pregação não é um exercício de retórica e nem mesmo um conjunto de sábias noções humanas: seria somente lenha.
Ela é, ao invés compartilha do Espírito, da Palavra divina que tocou o coração do pregador, o qual comunica aquele calor, aquela unção.”

Única Palavra de Vida Eterna

Diariamente ouvimos demasiadas informações, mas não podemos renunciar à Palavra de Jesus, ela é a única Palavra de vida eterna de que necessitamos cotidianamente, disse Francisco, citando a Evangelli gaudium:

“Seria belo que a Palavra de Deus se tornasse sempre mais o coração de toda atividade eclesial”, disse ainda Francisco, citando a Evangelii gaudium:

“É desejo do Espírito nos plasmar como ‘formato-Palavra’: uma Igreja que não fale por si e de si, mas que tenha no coração e nos lábios o Senhor. Ao invés, a tentação é sempre aquela de anunciar nós mesmos e de falar de nossas dinâmicas, mas assim não se transmite ao mundo a vida.”

“A Igreja não se cansa de anunciar, não cede à desilusão, não se rende em promover em todos os níveis a comunhão, porque a Palavra chama à unidade e convida cada um a ouvir o outro, superando os próprios particularismos”.

O Papa ainda recordou, já caminhando para o encerramento de suas palavras que a Igreja que se nutre da Palavra, vive para anunciá-La, lançando-se pelas estradas do mundo, até os confins da terra. Ela não se poupa.

“Bíblia e vida: vamos nos comprometer para que essas duas palavras se abracem, para que jamais uma fique sem a outra.
Rezemos e trabalhemos para que a Bíblia não fique na biblioteca, mas corra pelas estradas do mundo.

E faço votos para que vocês sejam bons portadores da Palavra, com o mesmo entusiasmo que lemos nesses dias nas narrações pascais, onde todos correm: as mulheres, Pedro, João, os dois de Emaús… Corram para encontrar e anunciar a Palavra viva.”
(JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações Vatican News)

 

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