Papa: 4 pecados nos quais podem cair os jornalistas
Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 03-04-2019, Gaudium Press) O Papa Francisco, em uma entrevista concedida ao jornalista Jordi Évole do canal espanhol ‘La Sexta’, alertou sobre os jornalistas a propósito dos quatro pecados ou desvios nos quais os trabalhadores da imprensa e dos meios de comunicação podem cair com facilidade.
Disse o Papa: “Vocês têm a possibilidade de cair em quatro pecados ou quatro atitudes ruins, sem falar na linguagem teológica, quatro atitudes que os ameaçam continuamente e das quais têm que se defender”.
A entrevista foi transmitida no domingo, 31 de março, quando o Papa regressava a Roma depois de sua viagem ao Marrocos.
Os quatro Pecados
“Primeiro, a desinformação: dou a notícia, mas dou apenas a metade. A outra metade eu não dou. Isso vai contra o direito das pessoas que recebem a notícia de serem informadas.
Vocês informarão a metade, informarão mal.
Esse é um dos desvios que vocês precisam se cuidar para não cair nele”, indicou Francisco.
A Calúnia
O segundo pecado, continuou, é a “calúnia: caluniar as pessoas. Há meios de comunicação que caluniam sem nenhum problema. ‘De onde você tirou isso? Eu vi na televisão, li no jornal’.
Os meios de comunicação têm tanto poder com as massas, com as pessoas, que podem caluniar impunemente.
Além disso, quem vai julgá-los? Ninguém”.
A Difamação
Francisco explicou o “Terceiro pecado: a difamação, que é ainda mais sutil. Porque todas as pessoas têm direito à reputação.
E se há 20 anos você teve um deslize em sua vida ou cometeu algum mal e depois pagou a conta, pagou a pena. Agora você é uma pessoa livre e sem mancha.
Não podem colocar uma matéria sobre você nos meios de comunicação sobre uma história que está superada, já paga e ressarcida.
Assim é a difamação: eles tomam uma mancha do passado e a exibem para você agora”.
O Amor à Imundície é o Quarto Pecado
Francisco disse em sua entrevista que o quarto pecado consiste no “amor à imundice”, aos escândalos, ou seja, no mau hábito de sujar a reputação das pessoas.
“Há meios que vivem de publicar escândalos, sejam eles verdadeiros ou não, sejam parcialmente verdadeiros ou não, mas vivem disso”, destacou o Papa.
Concluindo, disse o Papa:
“Acho que, superando esses quatro limites, a comunicação seria algo maravilhoso”.
(JSG)
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