Na Quaresma, evitar a Idolatria, procurar o Deus Vivo
Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 29-03-2019, Gaudium Press) A primeira atividade de Francisco no dia de hoje foi participar da terceira Pregação de Quaresma proferida pelo pregador oficial da Casa Pontifícia, o Franciscano capuchinho Frei Raniero Cantalamessa, na Sala Redempitoris Mater, no Vaticano.
Ele continuou desenvolvendo a temática central das suas meditações quaresmais “Voltar para dentro de si”.
Cantalamessa afirmou que, quando nos despertamos de manhã, sabemos que Deus está ao nosso lado: “nele nos movemos, respiramos e existimos”, como diz São Paulo. E, como diz as Escrituras, nosso espírito também precisa despertar:
“Chegou o tempo de vos despertar do sono!”
Idolatria e Busca do Deus Vivo
Nesta Quaresma, nós também devemos continuar na busca do Deus vivo.
Deus “vivo” é definido assim na Bíblia para distingui-lo dos ídolos, que são coisas mortas.
O Pregador afirmou que a luta contra a idolatria não terminou.
A idolatria ainda existe. Os ídolos apenas mudaram de nome, mas estão mais presentes do que nunca entre nós: São muitos os “bezerros de ouro” que se escondem dentro de nós!
Ateísmo Moderno e Conversão Pessoal
Na idolatria, o homem não “aceita” Deus, mas se faz “deus”. Esta é também a situação no Ocidente.
O ateísmo moderno começou com a famosa máxima de Feuerbach:
“Não foi Deus quem criou o homem à sua imagem, mas foi o homem que criou Deus à sua imagem”. Este “deus! é produzido pela mente humana. Mas, de qual “deus” se trata?
Certamente não é o “Deus vivo da Bíblia”, mas um seu substituto, diz o Frei Cantalamessa.
O ateísmo moderno não tem nada a ver com o Deus dos cristãos.
Mas, – disse – não estamos aqui, hoje, para falar e combater o ateísmo moderno, mas para fazer um caminho de conversão pessoal, como aconteceu com o Apóstolo Paulo, que, de fariseu, se tornou cristão.
Pecado de idolatria e Milagre da Conversão
O Espírito Santo abre nossos olhos diante do pecado de idolatria e de impiedade. Assim, acontece o milagre sempre novo da conversão: endireitar nossos caminhos e voltar para Deus.
Se eu me colocar do lado de Deus, contra o meu egoísmo, serei seu aliado no combate ao inimigo.
O nosso “eu” está destinado a morrer. Mas, não se trata de uma morte, mas de um nascimento:
“Quem quiser salvar a sua vida, a perderá; mas quem perder a sua vida, por minha causa, a salvará”.
O Pregador da Casa Pontifícia concluiu sua terceira meditação de Quaresma, afirmando:
“Na medida em que o homem velho morre, nasce o novo homem, criado, segundo Deus, em justiça e verdadeira santidade”.
Que Deus nos ajude a empreender sempre um novo caminho de vida, que é a nossa conversão, desejou Cantalamessa. (JSG)
(Da Redação Gaudium Press, com informações Vatican News)
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