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Governo de Angola fecha mil locais de culto cristão em 30 dias

Cidade do Vaticano (Terça-feira, 08-01-2019, Gaudium Press) Entre os dia 6 de novembro e 25 de dezembro, dia de Natal, mais de mil edifícios destinados ao culto cristão foram fechados pelas autoridades angolanas.

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O governo angolano considerou estes locais de culto como pertencentes a seitas religiosas não autorizadas.

Novos Procedimentos

A decisão segue a aprovação de uma nova lei que exige o registro desses locais junto ao governo com a assinatura de pelo menos cem mil fiéis.

De acordo com os novos procedimentos para a criação e modificação de institutos religiosos, todos as religiões devem procurar os Ministérios da Justiça e da Cultura para registro e reconhecimento legal.

100 mil Fiéis… Perseguição Religiosa?

A regra mais difícil de ser cumprida pelas religiões, no entanto, é a obrigatoriedade de “ter um mínimo de cem mil membros e estar presente em pelo menos 12 das 18 províncias do país”.

Esses requisitos implicam na proibição do registro de minorias religiosas, qualquer que seja ela.

Segundo fontes do L’Osservatore Romano, jornal oficioso do Vaticano, o diretor nacional de assuntos religiosos do Ministério da Cultura de Angola, Francisco de Castro Maria, procura justificar a atitude governamental afirmando:

“Mais de 50% das igrejas em nosso país são estrangeiras, vindas principalmente da República Democrática do Congo, Brasil, Nigéria e Senegal”.

Para o diretor do órgão governamental angolano, “A adoção dessa nova disposição é o resultado de um longo processo de luta contra o estabelecimento de novas seitas religiosas em Angola, que começou em 2013. Naquela época, o país tinha cerca de novecentas novas igrejas. Dessas, apenas oitenta e três foram oficialmente reconhecidas pelo Ministério da Cultura e autorizadas a realizarem suas atividades”.

E isso justifica a aplicação da lei…

Prisões

Além do fechamento dos locais de culto para o culto religioso, onze dirigentes de igrejas cristãs foram detidos em Cabinda pela polícia nacional por “desobediência”.

De acordo com declaração emitida pelo comando policial provincial, esses dirigentes foram presos durante operações realizadas entre os dias 16 e 23 de dezembro.

“De uma maneira deliberada e repetitiva, eles reabriram suas igrejas enquanto estavam fechadas”. “Agiram contra a lei “, explica o comunicado do do comando policial para justificar as prisões e também as demolições. (JSG)

 

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