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Santo Sudário será exposto em Turim

Cidade do Vaticano (Quarta, 21-10-2009, Gaudium Press) Está confirmada para o período de 10 de abril a 23 de maio de 2010 uma nova exposição do Santo Sudário na cidade de Turim, Itália. O Papa Bento XVI vai visitar a exposição e segundo o vice-presidente do comitê da Mostra, dom Giuseppe Ghiberti “a exposição será reaberta por uma vontade do próprio Bento XVI e pela manifestação de fiéis de todas as partes do mundo que desejam ver o Santo Sudário antes da próxima exposição, marcada para 2025”.

A Ordem dos Carmelitas Descalços vai aproveitar este evento para fazer o lançamento do livro “Procuro o teu rosto”, cujo conteúdo pretende preparar os peregrinos que vão visitar o Santo Sudário.

A publicação conta com textos litúrgicos sobre a veneração do Santo Sudário, um guia que vai auxiliar os fiéis na vivência de vários sacramentos, entre eles o da Reconciliação. Quem adquiri-la ainda irá encontrar o Terço Meditado na Via Sacra e indicações e textos para a reflexão e oração pessoal.

Santo Sudário

O Santo Sudário é uma das relíquias mais importantes do cristianismo. Ele é composto de linho puro que teria envolvido o corpo de Jesus Cristo após a sua crucificação.

O Santo Sudário mede 4,36 metros de comprimento por 1,10 metros de largura. Os testes para comprovar que o pano realmente envolveu o corpo de Cristo começaram em 1898 depois que um fotógrafo da cidade de Turim ter registrado uma foto e durante a revelação se descobriu que os negativos mostravam o rosto e o corpo de um homem que havia sido crucificado.

A notícia sobre ele remonta a 1353, quando um pano que supostamente serviu de mortalha para Cristo, apareceu em Lirey (França), levado pelas expedições que estiveram na Terra Santa. Um século depois, chegou às mãos dos duques de Savóia, que o guardaram em Chambéry. Em 1532, a relíquia foi danificada num incêndio e, em 1694, transferida para a capela da Catedral de Turim.

Em 1989, o Sudário foi submetido ao teste do carbono-14 em três laboratórios da Suíça, Estados Unidos e Reino Unido. Os resultados dos testes datavam a mortalha no período 1260 a 1390.

Vários especialistas criticaram os testes, considerando que haviam sido mal feitos: os três pedaços do tecido que foram cortados, naquela ocasião, para servir de amostra para o teste, eram das pontas, ou seja, a parte pela qual o sudário foi suspenso nas inúmeras ocasiões em que foi apresentado aos fiéis ao longo dos séculos.

Nova polêmica

No último dia 5, como noticiado por Gaudium Press, a autenticidade da imagem do Santo Sudário voltou a ser alvo de discussão entre cientistas e pesquisadores. Dessa vez, um professor de química orgânica da Universidade de Pavia, Luigi Garlaschelli, afirmara ter reproduzido em laboratório o Santo Sudário. Um feito que, segundo o cientista italiano, provava definitivamente que o linho reverenciado pelos cristãos como a roupa de enterro de Cristo é uma “farsa medieval”.

Na ocasião, diante do anúncio de Garlaschelli, a cientista italiana Emanuela Marinelli, formada em Ciências Naturais e Ciências Geológicas pela Universidade La Sapienza, em Roma, e autora de uma dúzia de livros e artigos sobre o Sudário, minimizou as declarações do químico italiano.

“Por piedade! É preciso bastante coragem para afirmar aquilo que distorce os dados reais da Sinodologia. A hipótese do baixo-relevo, aquecido, friccionado ou pintado foi descartada há pelo menos 30 anos quando os cientistas americanos do”Sudário de Turim Research Project (Projeto Investigação Sudário Turim), publicaram em renomadas revistas científicas os resultados de suas análises, e é absurdo insistir no contrário”, disse a cientista a Giuliano Guzzo, do site italiano Mascerallo.it.

A imagem, ainda segundo a cientista, “não foi produzida por meios artificiais, não é uma pintura ou impressão: no tecido não está presente nenhuma pigmentação. Não foi produzido com um baixo-relevo, aquecida e urdida com corantes. Ela está sem direção, e os contrastes entre o claro e o escuro são proporcionais às diferentes distâncias entre o corpo e o tecido. Você pode supor um tipo de radiação a partir da distância. (…) [Experiências recentes permitem considerar] a possibilidade de que a imagem tenha sido gerada por radiação ultravioleta direcional. Assim, é natural pensar em uma luz forte, emitida pelo corpo glorioso de Cristo na ressurreição”, concluiu.

 

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