Maria, Mãe de Deus: título mariano de grande importância para os cristãos

Rio de Janeiro (Quarta-feira, 02-01-2019, Gaudium Press) Logo no primeiro dia do ano, a Igreja Católica celebrou a solenidade de Maria, Mãe de Deus, título que traz em si o dogma que foi sendo aprofundado aos poucos: em 325 o Concílio de Nicéia, e em 381 o de Constantinopla, conforme explica o Cardeal Orani João Tempesta, em seu mais recente artigo publicado no site da Arquidiocese do Rio de Janeiro.

Estes dois Concílios, segundo o purpurado, trataram de responder a respeito desse mistério da consubstancialidade de Deus uno e trino, Jesus Cristo, verdadeiro Deus e homem.

“No século IV, já ensinava o bispo Santo Atanásio: ‘A natureza que Jesus Cristo recebeu de Maria era uma natureza humana. Segundo a divina escritura, o corpo do Senhor era um corpo verdadeiro, porque era um corpo idêntico ao nosso’. Maria é, portanto, nossa irmã, pois todos somos descendentes de Adão. Fazendo a relação deste mistério da encarnação, no qual o Verbo assumiu a condição da nossa humanidade com a realidade de que nada mudou na Trindade Santa, mesmo tendo o Verbo tomado um corpo no seio de Maria, a Trindade continua sendo a mesma; sem aumento, sem diminuição; é sempre perfeita. Nela, reconhecemos uma só divindade. Assim, a Igreja proclama um único Deus no Pai e no Verbo, por isso, a Santíssima Virgem é a Mãe de Deus”, afirma.

De acordo com Dom Orani, no dia que é encerrada a Oitava do Santo Natal, a Igreja volta-se para a Virgem que gerou em seu seio e deu à luz o verdadeiro Deus feito homem. “Chegou a plenitude dos tempos e ‘Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher’, aquela mesma que os pastores encontraram velando o ‘recém-nascido deitado na manjedoura’. Somos gratos à Virgem Santa e, contemplando o seu filho, reconhecemos n’Ele o Deus perfeito e a proclamamos verdadeiramente Mãe de Deus…”.

“Neste dia a Igreja celebra essa grande notícia: a Virgem Maria, Mãe de Deus. Título Mariano de grande importância para nós cristãos. Nós nos colocaremos na escola de Maria, a discípula perfeita. Nesta meditação vemos o sentido do “sim” de Maria, a abertura para Deus que a coloca numa disponibilidade aberta ao horizonte da fé voltado para o ilimitado”, completa.

Ao recordar a Maternidade Divina de Nossa Senhora, a Igreja recorda também as condições maravilhosas dessa maternidade, pois ela aconteceu de modo virginal. E com efeito, a Mãe do Senhor “não somente concebeu, mas também virginalmente deu à luz um filho – eis a profecia de Isaías (cf. 7,14)”.

“Santa Maria, Mãe de Deus, Mãe da Igreja e nossa Mãe, abençoai a todos os brasileiros no ano de 2019 que se inicia e que seja um tempo verdadeiramente de paz e de vivência dos valores do Evangelho, com a defesa da vida do ventre materno ao seu termo natural. Que tenhamos dias abençoados e de paz! Amém!”, conclui o Cardeal Tempesta. (LMI)

Da redação Gaudium Press, com informações da Arquidiocese do Rio de Janeiro