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Audiência Geral: temperança, fonte de equilíbrio para viver bem a vida

Na Audiência Geral desta quarta-feira, 17 de abril, o Papa Francisco dedicou sua catequese à virtude da temperança.

Foto: Screenshot Vatican media

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Redação (17/04/2024 11:53, Gaudium Press) Hoje, Francisco deu continuidade ao ciclo sobre os vícios e as virtudes, enfatizando a virtude cardeal da temperança.

O Pontífice lembrou que, para a filosofia grega, a temperança era “poder sobre si mesmo”. “Esta virtude é, portanto, a capacidade de autocontrole, a arte de não se deixar dominar pelas paixões rebeldes, de pôr ordem na confusão do coração humano”, disse o Papa, acrescentando a definição presente no Catecismo: “a temperança é a virtude moral que modera a atração dos prazeres e proporciona o equilíbrio no uso dos bens criados. Assegura o domínio da vontade sobre os instintos e mantém os desejos nos limites da honestidade”.

A temperança nos ajuda a agir criteriosamente diante dos prazeres da vida: “O livre curso dos impulsos e a total licença concedida aos prazeres acabam se voltando contra nós mesmos, levando-nos a precipitar num estado de tédio”, alertou Francisco, assinalando que a pessoa que possui temperança também pesa bem suas palavras.

“Ela não permite que um momento de raiva arruíne relacionamentos e amizades que depois só podem ser reconstruídas com dificuldade. Especialmente na vida familiar, onde as inibições diminuem, todos corremos o risco de não controlar tensões, irritações, raivas. Há um tempo para falar e um tempo para calar, mas ambos exigem a medida certa.”

Ela modera a irascibilidade, permite que você saboreie melhor a vida

A temperança modera a irascibilidade, o que não significa que se deva “estar sempre com um rosto pacífico e sorridente, pois às vezes é necessário indignar-se”:

“O temperante sabe que nada é mais inconveniente do que corrigir o outro, mas sabe também que é necessário: caso contrário, dar-se-iam rédeas soltas ao mal. Em certos casos, o temperante consegue conciliar os extremos: afirma princípios absolutos, reivindica valores não negociáveis, mas sabe também compreender as pessoas e demonstra empatia por elas”.

É claro que a temperança é uma fonte de equilíbrio, num mundo onde tudo leva ao excesso.

“Não é verdade que a temperança torna a pessoa cinzenta e sem alegria. Pelo contrário, faz saborear melhor os bens da vida”, concluiu o Papa.

Com informações vatican.va.

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