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Cardeal Sarah: os sacerdotes renunciam ao casamento, à família e aos ganhos materiais por Cristo

O cardeal, originário da Guiné, ordenou 12 sacerdotes durante uma recente visita aos Camarões.

Foto: Wikipedia

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Redação (12/04/2024 10:27, Gaudium Press) O cardeal Robert Sarah, Prefeito Emérito do Dicastério para o Culto Divino, realizou uma recente visita aos Camarões, chegando ao país no dia 2 de abril.

Após presidir a ordenação de 12 sacerdotes na praça da cidade de Obala, ao norte da capital Yaoundé, no dia 6 de abril, o cardeal se reuniu com os bispos que participam da assembleia plenária de 7 a 13 de abril.

Ao dirigir-se aos sacerdotes recém-ordenados, o Cardeal Sarah recordou o significado do sacerdócio ministerial:

“Ser sacerdote é tornar-se, de fato, o próprio Jesus Cristo. É prolongar a sua presença salvífica entre os homens; é esforçar-se diariamente para levar a todos os lugares e sempre, no nosso corpo, os sofrimentos da morte de Jesus, e irradiar a sua presença a fim de dar a Deus o seu lugar central e prioritário no mundo, porque um mundo sem Deus é um mundo sem esperança”.

“Sendo o sinal que nos recorda a primazia de Deus em um mundo cada vez mais frívolo, indiferente e até hostil a Jesus, ao seu Evangelho e à sua Igreja, “o sacerdote torna visível a presença de Deus”, frisou o cardeal.

Por essa razão, continuou, “ser sacerdote é o maior dom que Deus concedeu à humanidade, porque nos faz e nos ajuda a continuar a obra de evangelização iniciada por Jesus”.

É claro que o sacerdote “deve estar atento ao rebanho do qual o Espírito Santo vos fez guardiões para apascentá-los, em comunhão com o vosso bispo”, acrescentando que o sacerdócio foi instituído para a pregação do Evangelho e para restabelecer a comunhão entre Deus e a humanidade por meio do sacrifício eucarístico e da oração.

Alimentados pelo amor a Jesus, renunciam aos bens, porque só Deus é o seu único bem

O Cardeal Sarah explicou que a fonte do sacerdócio está no amor supremo e exclusivo a Cristo, porque “apascentar as ovelhas é de fato um ato de amor, e somente se amarmos exclusivamente a Jesus, teremos a autoridade e a responsabilidade de conduzir o povo de Deus”.

O Cardeal Sarah esclareceu que o sacerdote tem a obrigação de fazer “tudo o que estiver ao seu alcance para que Cristo transpareça nele. A alma do sacerdote deve ser pura, mais pura que os raios do sol, para que o Espírito Santo nunca o abandone e ele possa dizer: ‘Eu estou crucificado com Cristo; eu vivo, mas já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim”.

O Cardeal Sarah também falou das renúncias que os sacerdotes fazem, em função de sua elevada missão, seguindo os passos de Cristo: “Os sacerdotes, por serem radicalmente consagrados, oferecidos e dados a Deus, renunciam ao matrimônio, à família, aos ganhos materiais e financeiros. Só Deus é o seu único bem, o seu único amor, a sua única felicidade e a sua herança”, explicou.

Renunciando a todo poder, a todos os bens e a toda família, “os sacerdotes devem imitar e encarnar a pobreza de Jesus Cristo, o Filho do Homem, que não tinha onde deitar a cabeça, para escolher somente Deus como sua única riqueza”, acrescentou o cardeal, convidando os presentes a rezar e acompanhar os 12 novos sacerdotes em seu ministério sacerdotal.

Com informações Vatican news

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