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Espanha: sacerdote poderá ser condenado a 3 anos de prisão por críticas ao Islã radical

Muitos argumentam que o sacerdote está sendo acusado não de um crime de ódio, mas sim de um crime de opinião.

Foto: X / FrCustodio

Foto: X (twitter)/ FrCustodio

Redação (13/03/2024 10:33, Gaudium Press) Trata-se da história do Pe. Custódio Ballester que, em fevereiro passado, recebeu uma intimação de um tribunal regional da Espanha para responder a acusações de um suposto “crime de ódio” por suas críticas ao Islã. Ele enfrenta uma possível pena de até três anos de prisão e multa no valor de mais de US$ 1.600, caso seja considerado culpado.

Tudo começou em 2020, quando a Procuradoria do Tribunal de Málaga, liderada por María Teresa Verdugo, acusou o Pe. Ballester de ter cometido um crime de ódio devido a um artigo publicado em 2016, intitulado “O diálogo impossível com o Islã”.

No referido artigo, Pe. Ballester expressa suas opiniões pessoais, enfatizando que as pessoas não devem ser desprezadas nem perseguidas por suas crenças e pensamentos. No entanto, ele também afirma que não se pode “colocar nossa fé em hibernação para que não entre em conflito com o dogma pró-verde e com a ideologia que declarou guerra à nossa fé, e também às pessoas. Nos países onde os muçulmanos detêm o poder, os cristãos são brutalmente perseguidos e assassinados. Então, sobre que tipo de diálogo estamos falando? E a questão crucial é que, para sermos partidários do diálogo, não só precisamos silenciar nossa fé “por prudência”, mas também precisamos nos curvar à fé deles. Este é o novo estilo da era atual: diálogo não apenas com o Islã (com a fé islâmica), mas também com a nova engenharia social e moral e suas aberrações. É para lá que se dirige!”

Ele destaca a perseguição brutal de cristãos em países de maioria islâmica e, em sua opinião, há elementos de violência no Alcorão e na vida de Maomé.

Em consequência disso, o clérigo agora enfrenta a possibilidade de enfrentar três anos de prisão.

Reação do sacerdote

O objetivo do sacerdote, segundo suas próprias palavras, era fornecer um critério para que as pessoas julgarem. Ele argumenta que conhece muçulmanos que não se sentiram ofendidos, pois compreenderam que suas críticas não se referiam a todos, mas sim àqueles que vivem o Islã de forma violenta e radical.

Ele comentou que a promotora Verdugo procurou incriminá-lo de maneira não objetiva, citando partes separadas de seu artigo, tirando-as do contexto e distorcendo-as: “Ela pegou o que poderia me incriminar. Por causa de minha condição sacerdotal, sou mais culpado porque, quando falo, as pessoas me seguem. Eu me considero uma pessoa respeitosa. Eu respeito os muçulmanos e peço que eles também me respeitem”.

Em declarações à CNA, o presbítero respondeu se estaria disposto a cumprir os três anos de prisão:

“Parece-me injusto ser condenado por algo que eu disse, mas na Espanha tudo é possível. Se eu for condenado, não estarei mais na Espanha, mas sim no Paquistão, onde blasfemar contra o Alcorão ou Maomé pode resultar em pena de morte.”

“Na Espanha, o direito à liberdade de expressão já não é plenamente garantido”, acrescentou o sacerdote.

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