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Papa Francisco visita embaixador russo para pedir fim dos bombardeios

O Pontífice cancelou todas as audiências programadas para a manhã desta sexta-feira e se encontrou com o representante de Moscou, Aleksander Avdeev.

Papa Francisco visita embaixador russo para pedir fim dos bombardeios

Cidade do Vaticano (25/02/2022 10:11, Gaudium Press) O Papa Francisco cancelou todas as audiências programadas para a manhã desta sexta-feira, 25, e foi foi inesperadamente à embaixada russa junto à Santa Sé, na via della Conciliazione para pedir o fim dos bombardeios na Ucrânia. A conversa com o embaixador de Moscou, Aleksander Avdeev, durou cerca de meia hora. Esta mediação do Papa com a Rússia vem após o apelo sincero pela paz na Ucrânia com o convite à oração e ao jejum para o dia 2 de março.

Cancelamento da viagem à Florença e da Missa de Quarta-feira de Cinzas

Francisco também decidiu que não irá mais à Florença, viagem que estava programada para o próximo domingo, onde participaria do encerramento do encontro dos Bispos e prefeitos do Mediterrâneo organizado pela Conferência Episcopal Italiana. Também foi cancelada a presença do Pontífice na celebração da Quarta-feira de Cinzas, 2 de março, no Aventino.

Segundo a Sala de Imprensa da Santa Sé, o motivo destes cancelamentos é uma “dor aguda no joelho, para a qual o médico prescreveu um período de maior descanso para a perna”. Entretanto, nos corredores do Vaticano circula que a decisão de cancelar a visita a Florença aconteceu por conta da crise na Ucrânia e pela revolta de sacerdotes e pacifistas por conta da presença do ex-ministro Marco Minniti, que é atualmente o presidente de uma das maiores empresas fabricantes de armas.

Pietro Parolin

Oração e jejum pela Ucrânia

Recentemente, o Cardeal secretário de Estado, Pietro Parolin, recordou as palavras do Papa Francisco ao final de sua audiência geral na última quarta-feira, 23, quando o Pontífice tratou sobre a crise na Ucrânia. “O Papa mencionou ‘grande dor’, ‘angústia e preocupação’. E exortou todas as partes envolvidas a ‘abster-se de qualquer ação que cause ainda mais sofrimento às populações’, ‘desestabilizar a convivência pacífica’ e ‘desacreditar o direito internacional’”, ressaltou.

“Nós fiéis não perdemos a esperança num vislumbre da consciência de quem tem nas mãos os destinos do mundo. E continuaremos a rezar e jejuar, como faremos na próxima Quarta-feira de Cinzas, pela paz na Ucrânia e no mundo inteiro”, concluiu. (EPC)

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