Sequestradas mais 300 jovens estudantes na Nigéria

As jovens foram sequestradas por terroristas religiosos que espalham a insegurança gerando o surgimento de grupos de autodefesa que contribuem para debilitar a unidade nacional.

 Abuja – Nigéria (26/02/2021, 18:30,  Gaudium Press) Cerca de 300 jovens estudantes da escola secundária GGSS Jangebeen, no estado de Zamfara, no noroeste da Nigéria, foram sequestradas por homens armados na noite de da quinta-feira, 25 de fevereiro sequestradas.

De acordo com os pais e professores das alunas sequestradas, uma centena de homens armados chegaram em vários veículos, invadiram o Colégio e levaram as moças.

Autoridades do Estado de Zamfara afirmam não conhecer o número exato de pessoas sequestradas.

Após sequestro de 27 estudantes em Kagara, terroristas matam 16 pessoas Maiduguri e agora sequestram 300 moças

Este novo ato massivo de terrorismo teve lugar dez dias depois de uma outra escola secundária ter sido atacada, em 16 de fevereiro, em Kagara, no estado de Níger, no norte da Nigéria, quando, pelo menos, 27 estudantes, um professor e seis familiares de alunos foram sequestrados por homens armados.

Um novo sinal da degeneração da segurança em grandes áreas da Nigéria foi a morte de pelo menos 16 pessoas quando, no dia 23 de fevereiro, um ataque com morteiros e granadas nos subúrbios de Maiduguri, capital do estado de Borno, reivindicado pelo grupo terrorista islâmico Jamā’at Ahl as-Sunnah lid-Da’wah wa’l-Jihād, um ramo do Boko Haram, dirigido por Abubakar Shekau.

Surgimento de grupos de autodefesa, etnias que exigem mais autonomia, renúncia a uma nação na qual não mais se confia

O fato de as autoridades federais e estaduais não garantirem a segurança está fazendo com que surjam grupos de autodefesa incentivados pelas autoridades locais.

O surgimento de tais grupos, torna-se um fenômeno que, como denunciaram os bispos nigerianos, contribui para debilitar a unidade nacional.

As pressões estão ganhando terreno rapidamente. São muitas as etnias locais que fazem soar os tambores de guerra, exigindo uma maior autonomia e também propagando a renúncia definitiva a uma nação da qual perderam toda a confiança e o sentido de a ela pertencerem.

As demandas de secessão étnica não devem ser ignoradas: deve-se dar importância a elas, dizem Bispos nigerianos

Em uma declaração assinada por Dom Augustine Obiora Akubeze, Arcebispo da cidade de Benin e Presidente da Conferência Episcopal da Nigéria (CBCN) e por Dom Camillus Raymond Umoh, Bispo de Ikot Ekpene e secretario da CBCN, “as demandas de secessão étnica não devem ser ignoradas e não pode deixar de dar importância a elas”. (JSG)

 

(Da Redação Gaudium Press, com informações e foto Fides)