Com o coronavírus vende-se de tudo? Até a Cultura?

O que tem levado a que obras de arte sejam leiloadas é a crise que se chegou com a covid-19 e que infelizmente, neste momento, coloca o mundo inteiro de joelhos.

Redação (08/10/2020, 13:30, Gaudium Press) Um pequeno e famoso quadro sobre madeira (16 x 21 cm) pintado pelo mestre de pintura holandês Rembrandt é conhecido como “Abraão com os três anjos”.

“Abrão com os Três Anjos” faz parte do lote principal do leilão de janeiro de 2021, em Nova York e que será realizado pela conhecida sociedade de vendas por leilão Sotheby’s. A estimativa do preço do quadro de Rembrandt é de aproximadamente 30 milhões de dólares.

A pintura de Rembrandt não é a única a ser leiloada

Esta como muitas outras obras que hoje se encontram em museus entre elas a obra de Boticelli denominada “Jovem com medalhão”.

Mas, muitas obras de caráter religioso também estão a venda. Em destaque, para serem leiloadas, estão pinturas como a “Virgem com o Menino”, de Giovanni dal Ponte; “Santa Ana e São Joaquim”, de Francesco Botticini; “São Girolamo”, de Donato de ‘Bardi.

O mundo inteiro está de joelhos diante do coronavírus

Infelizmente, afirma-se que o que levou a estes leilões estas obras foi a crise econômica global devido à COVID-19, que, neste momento colocou o mundo inteiro de joelhos.

Os museus estão fechados há mais de 6 meses e alguns colecionadores também foram obrigados a leiloar algumas de suas obras, como esta de esta de Rembrandt, “Abraão com os três Anjos”, que é uma das únicas 5 pinturas de Rembrandt que pertencem a particulares.

Como se vê, a pandemia do coronavirus que trouxe a covid-19, trouxe também outras consequências perniciosas.

Uma pandemia de origem misteriosa chegou ao campo da saúde, –sem dúvida–, mas, como ela é uma só, é dominante e é universal, alcançou todos os setores da sociedade, todo o mundo, a humanidade inteira.

Numa pandemia vende-se de tudo… a cultura também?

A propósito do fato de que a pandemia tenha levado a que muitos perdessem ou vendessem quase tudo, ainda não era sabido que também a cultura estava sendo vendida…

De um modo insuspeito, isso levou Christopher Apostle, ex-diretor da Sotheby’s, aquela mesma famosa sociedade de leiloeiros, procurar explicar o que significa comprar um Botticelli:

“Comprar um grande retrato como este é realmente um evento incomum; uma pintura nestas condições e com este impacto visual, que tanto diz do Renascimento, de Florença… neste momento, é um acontecimento muito invulgar ”.

Ele poderia ter dito também que se vende de tudo numa pandemia, mas, não se vende cultura.
Pelo menos, era o que acontecia antes do coronavirus e sua covid-19. (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações Aleteia- Fotos: Domínio Público)