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O rei e o carpinteiro: São José o Justo!

Redação (Quarta-feira, 19-03-2014, Gaudium Press) – Homens e mulheres, grandes e pequenos, fortes ou fracos, bons ou maus, assassinos ou justos, santos ou pecadores: a vida de qualquer pessoa, por ter sido criada imagem e semelhança de Deus, tem seu interesse. Talvez, até esteja ai uma explicação do sucesso das redes sociais.

Cada um, cada uma traça sua história que nasce e morre dentro da própria individualidade ou expande-se e tem uma repercussão universal. E quanto mais alto for o chamado de Deus, tanto mais difícil é traçar o perfil de um personagem.

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São José- Protetor dos Agonizantes

Assim sendo, há certos homens que, ao longo de sua existência, adquirem uma grandeza que ultrapassa qualquer lenda, colocam-se para além de qualquer mito. São aqueles que a Divina Providência tem comprazimentos em adornar suas almas com o brilho das virtudes e raríssimos dons…

Desde toda eternidade, quando a Encarnação do Verbo foi determinada pela Santíssima Trindade, Deus Pai quis que a chegada de seu Filho ao mundo, na plenitude dos tempos, fosse coroada de suprema beleza. A liturgia canta, pelos lábios do profeta Isaias, no quarto domingo do Advento: “Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e lhe porá o nome de Emanuel”. (Is 7,10-14)

E o nome da Virgem era Maria! Ela deveria reunir em si a alegria da maternidade e a flor da virgindade.

Mas era preciso que alguém assumisse a figura de pai, junto ao Verbo de Deus feito homem. E para isso, usando as expressões inspiradas pelo Divino Espírito Santo sobre o Rei David, podemos repetir as palavras das Sagradas Escrituras: “O Senhor procurou um homem segundo o seu coração”.(I Samuel 13:14) Este varão foi São José.

Quando encontramos os anjos, junto ao carvalho de Mambré, com Abraão anunciado a promessa que sua descendência seria maior do que os grão de areia da praia e mais numerosas que as estrelas do céu; quando imaginamos Moisés abrindo com sua vara o Mar Vermelho para que o povo eleito pudesse fugir da perseguição do faraó com o coração endurecido; temos dificuldades para medirmos a estatura espiritual desses predestinados por Deus para cumprir seus desígnios entre os homens.

Agora, pensemos um pouco:…

Como deveria ser o homem escolhido para esposo da mais excelsa das criaturas, da obra prima do altíssimo?

Se somarmos as virtudes de todos os anjos, de todos os santos, de todos os homens até o fim do mundo, não teríamos sequer uma pálida ideia da sublime perfeição da Mãe de Deus. E José deveria ser o guardião da Mãe de Deus e do próprio Deus!

Fisicamente, que traços teria esse eleito? Não esqueçamos que ele era descende do Rei David, “louro, de belos olhos e aparência formosa”. (I Sam 6, 12-13) O rei e carpinteiro, a nobreza e a humildade, a fortaleza e a castidade. Todos esses dons se reuniam na alma de São José e se refletiam na beleza exterior de seu corpo varonil e inocente.

Sua missão: ser o pai do Menino Jesus. Na pequena casa de Nazaré ou na oficina de trabalhos, esse varão de Deus tinha os lábios suficientemente puros e humildes para fazer coisas admiráveis como ensinar ou dar ordens a um Deus: “meu filho, pegue o formão desse jeito…” e ainda para dar um conselho, quando a Sabedoria Encarnada lhe perguntasse!

Durante a sua vida terrena teve dificuldades e provações: o mistério da maternidade de Maria, o nascimento de Jesus em uma gruta, a fuga para o Egito, a perda e o encontro do Menino Jesus no Templo. A cada uma dessas provas saiu mais vitorioso e mais santo.

São José teve a graça de morrer entre os braços de Jesus e de Maria.

Sua morte foi um passo tranquilo para a eternidade e é daí que vem seu título de protetor dos doentes, agonizantes e advogado dos moribundos.

Sua eficácia no atender os pedidos de todos a que ele se encomendam, em todas as circunstância da vida, como pai misericordioso; fez com que o beato Pio IX o proclamasse solenemente como Patrono e Protetor da Santa Igreja.

Querido leitor, faça a experiência! Peça, agora mesmo, a graça de que você mais necessite e torne-se, também, uma testemunha desse afeto paternal. Experimente em si essa onipotência suplicante do Varão santo, cujo o título é: José, o justo!

Por Lucas Miguel Lihue

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