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6 de Janeiro: Três Reis adoram o Menino Jesus

O Reis Magos que vieram do Oriente dirigiram-se para a Palestina porque estavam convencidos de que havia ocorrido algo prodigioso: o nascimento do Messias – “…vimos sair sua estrela” (Mt 2,2). É certo que estes homens tinham entrado em contato com a cultura judia e com as tradições bíblicas e populares que faziam referências ao Messias.

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A chegada dos Reis Magos é narrada somente por Mateus (Mt 2,1-12) e seis são as cenas que ele descreve. Três delas acontecem em Jerusalém e outras três dão-se em Belém.

Sinteticamente os episódios que São Mateus conta são: a viagem dos Reis e a sua chegada a Jerusalém; Herodes fica sabendo da viagem dos Magos; o Rei e os Magos se encontram; os Reis Magos iniciam sua viagem para Belém; os Magos encontram e adoram o Menino Jesus, oferecendo-Lhe presentes e, finalmente, os Reis Magos, sem que Herodes soubesse, voltam para suas casas no Oriente.

Quem eram os Reis Magos

Mas ainda fica uma pergunta: quem eram estes Magos que vieram do Oriente?

Os Reis Magos são, nos relatos evangélicos e na tradição cristã, figuras de grande interesse, veneradas e recordadas em relíquias, que foram trasladadas para a Igreja de São Eustórgio de Milão (Italia) e levadas depois para a Catedral de Colonia (Alemanha ) em 1164.

Tradicionalmente eles sempre foram identificados como sábios que conheciam as ciências astronômicas sabendo ler nos astros os sinais relacionados com acontecimentos importantes para a história da humanidade. Os Reis Magos tinham capacidades espirituais superiores. Eles cultivavam sua cultura milenar que procedia da Arabia e também da África oriental, lugar onde alguns Padres da Igreja (São Justino de Nablus e São Epifânio de Eleuterópolis) situam geograficamente como sendo sua origem.

A estrela

A estrela que acompanhou os Reis manifestava uma importante circunstancia astronômica que nos permite ler de maneira histórica o nascimento de Jesus. Cientificamente, os Magos viram e seguiram uma estrela que é chamada de supernova, ou seja, a explosão de uma estrela já no final de sua vida.

Este fenômeno, certamente, representou para eles o sinal de que algo muito importante havia acontecido para a história da humanidade.

Alguns Padres da Igreja defendem –como Orígenes– esta coincidência entre o evento natural e o feito divino, enquanto que outros Padres sustentam que a estrela foi um fenômeno extraordinário fixado e determinado por Deus.
Em qualquer caso, a leitura da narração dos Magos deixa claro que a estrela teve uma função simbólica e de anuncio. Ela acompanhou os Reis Magos e indicou a eles o caminho que deveriam percorrer para chegar até a Gruta. A luz da estrela ilumina o caminho dos Reis e aponta simbolicamente a rota verdadeira para chegar até Jesus, mostra como encontrá-Lo, reconhecê-Lo e adorá-Lo.

Na Gruta

Ao chegar à Gruta, com espírito e atitude de adoração, os três Reis Magos prostraram-se diante do Menino Jesus.

O Menino anunciado como rei manifestava-se diante deles debaixo das aparências de uma pequena criatura colocada em um pobre presépio numa simples manjedoura.

Eles adoraram Jesus e O honraram com os presentes dignos de Reis que eles levavam.

Estavam atônitos diante da cena que viam, porém o ato de Fé que os animou a reconhecer naquele Menino um Rei, um Messias, é o que deve ter todo peregrino quando chega a Belém.

Os presentes dos Reis Magos

Os presentes oferecidos pelos Reis são elementos típicos da Arabia nabatea, especialmente o incenso, que é uma resina procedente da zona subdesértica. Estas ofertas simbolizam a realeza de Jesus e supõem o cumprimento das palavras do salmista: “os reis de Társis e das ilhas lhe paguem tributo. Os reis de Saba e da Arabia lhe ofereçam seus dons” (Sal 72,10).

O ouro significava a elevada posição social e o poder político de um rei; o incenso representa a dignidade divina de Jesus como rei messiânico e sacerdote; a mirra, que era usada na tradição judia para o enterro dos corpos, lembra a morte e a sepultura de Cristo.(João Sérgio Guimarães)

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