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Mudanças no setor de comunicações no Vaticano

Cidade do Vaticano (Terça-feira, 22-01-2013, Gaudium Press) A partir de hoje a Sala de Imprensa da Santa Sé possui dois vice-diretores, permaneceu o padre Ciro Benedettini, e o segundo que passa a cuidar dos créditos jornalísticos é Angelo Scelzo, que até o momento era Subsecretário do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais. Além disso, saiu hoje a nomeação do novo diretor do Centro Televisivo Vaticano e também secretário do Conselho de Administração, padre Dario Edoardo Viganò, nascido no Brasil, ordenado sacerdote na Itália, e com experiência pastoral carcerária nas favelas brasileiras de Salvador, na Bahia. Assim, padre Lombardi deixa o CTV e ficará à frente de duas instituições: a Sala de Imprensa e a Rádio Vaticana.ctv.jpg

Prosseguem no Vaticano as mudanças de pessoal na área da comunicação. Após a nomeação de conselheiro de mídia da Secretaria de Estado ter sido confiada ao jornalista americano Greg Burke, hoje duas outras nomeações foram divulgadas, o que representa novos passos na reorganização das estruturas institucionais da comunicação vaticana. Agora a tarefa de conceder credenciamento jornalístico a jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas está nas mãos da Sala de Imprensa Vaticana. Até o momento o Pontifício Conselho das Comunicações Sociais era quem mantinha a responsabilidade por essa tarefa, e que, a partir de agora se ocupará somente da concessão de créditos de grandes projetos televisivos e fotográficos.

Não existe mais a divisão em três direções. O padre Federico Lombardi que até o momento era diretor da Rádio Vaticana, do Centro Televisivo Vaticano e da Sala de Imprensa vaticana, a partir de agora estará na direção da Rádio do Papa e da Sala de Imprensa, enquanto a TV do Papa ficará a cargo de dom Dario Edoardo Viganò.

Uma curiosidade: o novo diretor do Centro Televisivo Vaticano nasceu no Rio de Janeiro, em 27 de junho de 1962. Frequentou o Seminário e foi ordenado sacerdote na Diocese de Milão, na Itália. Obteve doutorado em “História do Cinema” e seu trabalho foi publicado pela Editora Castoro em 1997. Além da atividade cinematográfica, o novo diretor realizou trabalhos na pastoral carcerária em favelas de Salvador, na Bahia.rv.jpg

No início dos anos 90, Dario Edoardo Viganò conheceu a freira Adele Pezone, missionária italiana que vive desde aos anos 80 no Brasil e o convidou a participar de um projeto na pastoral carcerária nas favelas de Mata Escura, em Salvador, na Bahia. Nasceu então o empenho pelos encarcerados brasileiros na Bahia, sobretudo no projeto de auxílio aos filhos dos presos, que Sóror Adele acolhe num abrigo localizado ao lado da prisão. São cerca de 40 crianças (dos 4 meses aos 15 anos), que vivem com ela, além de outras 60 crianças que fazem parte de uma pequena escola administrada por ela, também em Mata Escura. Junto a um grupo de amigos, Viganò e Adele criaram a associação onlus La prima pietra (www.laprimapietra.org), que tem o objetivo de recolher fundos para o sustento dessas crianças durante seu crescimento e a fase de estudos, apoiando sua escolarização até a idade adulta, na esperança de que tenham um futuro melhor. Além disso, desde os anos 90 Viganò se empenha pessoalmente no acompanhamento de grupo de amigos, estudantes ou simplesmente conhecidos que se interessam, na semana do voluntariado que acontece no abrigo de Sóror Adele uma vez ao ano, que conta com a presença da pastoral carcerária na prisão, em Salvador.

Desde 2004, Dario Edoardo Viganò foi chamado, na qualidade de Presidente, a dirigir a Entidade do Espetáculo (EdS), fundada em 1946 e que se tornou em 2006 a Fundação Ente do Espetáculo (FEdS). Além disso, Viganò é diretor da prestigiada “Rivista del Cinematógrafo”, a mais antiga revista de cinema na Itália, fundada em Milão em 1928 e editada pela Fundação Ente do Espetáculo.

De 2006 a 2011 foi nomeado membro da subcomissão para o Reconhecimento do Interesse Cultural (seção de longas metragens) do Ministério para os Bens e as Atividades Culturais, Direção Geral do Cinema. De 2008 a 2012 foi, ainda, Conselheiro de Administração do Centro Experimental de Cinematografia, com delegação da Cineteca Nacional e da Editora.sala_stampa.jpg

Ainda no campo cinematográfico, Viganò foi nomeado nos anos dois mil como Presidente da Comissão Nacional para Avaliação de Filmes (CNVF) da Conferência Episcopal Italiana (CEI). Por dez anos teve também a incumbência de Ajudante no Estúdio para o setor do Cinema do Escritório para Comunicações Sociais da CEI, dirigido primeiramente por dom Claudio Giuliodori e em seguida por Domenico Pompili.

Viganò é Diretor científico do ANICEC, curso de alta formação em modo e-learning para os Animadores da Comunicação e da Cultura, organizado nos primeiros anos dos anos dois mil pela Pontifícia Universidade Lateranense, pela Universidade Católica do Sagrado Coração de Milão e pela Conferência Episcopal Italiana. (AA/JS)

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