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Padre Lombardi reafirma a condenação moral aos danos do homem ao meio ambiente, à flora e à fauna

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 23-01-2013, Gaudium Press) O Padre Lombardi deu uma declaração sobre o extermínio de elefantes para “demonstrar sua atenção à gravidade do problema e seu empenho na colaboração por tudo aquilo que é possível ser feito”. Após muitas mensagens que chegaram através do porta-voz do Vaticano, o padre decidiu emitir uma resposta, explicar e relembrar a posição da Igreja católica em relação à venda de objetos de marfim em lojas próximas ao Vaticano e em territórios locais. “De qualquer modo, somos absolutamente convictos que o massacre dos elefantes seja um caso gravíssimo, contra o qual se empenham todos aqueles que podem tomar uma providência”, escreveu na carta que leva sua assinatura.lombardi.jpg

Dom de Deus

“Os animais foram confiados aos seres humanos para serem valorizados e protegidos como um dom precioso recebido do Criador, e, portanto não devem ser destruídos, nem tratados com violência e exploração, mas sim tratados com grande responsabilidade também pelas gerações futuras, que poderão continuar usufruindo desses bens essenciais e maravilhosos”, declarou o Padre Lombardi, relembrando “a condenação moral geral de ações humanas que provoquem danos ao meio ambiente, à fauna e à flora”, afirmada tantas vezes pelos Papas.

Posição da Igreja

Padre Lombardi explicou a posição da Igreja, dizendo que os animais “embora não tenham certamente o nível de dignidade do homem e, portanto não desfrutam dos mesmos direitos das pessoas, são seres vivos e com perfeição mais elevada que os vegetais, ainda mais quando se trata de animais mais evoluídos, que são capazes de manter um relacionamento, de ter sensações de alegria e sofrimento, por isso merecem um tratamento respeitoso e não podem ser assassinados ou submetidos ao sofrimento de forma arbitrária”.

O porta-voz do Vaticano relembrou que a posição de ensinamento da Igreja em relação ao meio ambiente é manifestada claramente no “Catecismo da Igreja Católica”, na seção intitulada “O respeito à integridade dos animais” (nn. 2415 – 2418) e no “Compêndio da Doutrina Social da Igreja”, capítulo X, intitulado “Proteger o meio ambiente”.

Responsabilidades

Além disso, sobre casos locais, como o episódio relatado pela “National Geographic”, em que um padre vendia objetos religiosos em marfim, padre Lombardi reiterou que as autoridades eclesiásticas que servem a Igreja em nível universal “devem afirmar precisamente os princípios dos quais em diversas regiões os bispos ou fieis em sua responsabilidade devem assumir as conseqüências mais urgentes e evidentes”, juntamente a questões “de legalidade e de responsabilidade dos governantes em criar leis mais severas para tais crimes e de se empenhar para que essas leis sejam cumpridas” em resposta às situações específicas.

O porta-voz esclareceu também a questão da loja Savelli, que na verdade não faz parte do Vaticano e que por isso a Santa Sé não pode ter responsabilidade sobre os objetivos vendidos ali. Padre Lombardi assegurou que o Papa não oferece aos hóspedes objetos em marfim e raramente os recebe e neste caso, nunca se tratam de objetos religiosos.

Temas ambientais e biodiversidade

Ao final da declaração, padre Lombardi reafirmou no Vaticano podem “ser realizados certos trabalhos de informação sobre o tema em questão através do Conselho para a Justiça e a Paz”, Dicastério Vaticano encarregado de estudar os problemas relacionados ao meio ambiente, como também de “propor às sessões da Rádio Vaticana um aprofundamento sobre o tema. O porta-voz sugeriu também “que seja de conhecimento público as contribuições do estudo da Pontifícia Academia das Ciências sobre temas ambientais e sobre a biodiversidade. “São temas aos quais a Academia retorna com frequência devido à suas iniciativas e aos seus trabalhos”. (AA)

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