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“Temos que nos sentir felizes porque Deus nos deu esta graça” de sermos eleitos

Redação (Quarta-feira, 13-02-2013, Gaudium Press) Em um dos últimos grandes atos prévios ao anúncio de sua renúncia, Bento XVI visitou o Seminário Romano Maior, por ocasião da festa de Nossa Senhora da Confiança, que é padroeira desse Instituto e cuja comemoração é celebrada no sábado anterior à Quaresma.

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O Papa foi recebido com alegria pelos cerca de 190 seminaristas e seus superiores, alegria respondida igualmente com a complacência do Santo Padre ao ver o fervor do nutrido número de aspirantes ao sacerdócio.

Ao comentar a Primeira Carta de São Pedro em sua “lectio divina”, o Sumo Pontífice disse que essa era a “primeira Encíclica” da história está “cheia de paixão de quem encontrou o Messias, que logo pecou, entretanto permaneceu fiel a Cristo”. Naquela Carta, escrita em Roma, “Pedro não fala como indivíduo, como gênio individualista. Fala na comunhão da Igreja”, pois essas linhas haviam sido escritas com a ajuda de outros irmãos na fé.

O Papa ressaltou o fato de que São Pedro sabia que na Cidade Eterna encontraria o martírio, entretanto havia enfrentado com decisão essa cruz reservada para ele pela Providência, constituindo-se assim em grande exemplo para o homem de fé contemporâneo.

O Sumo Pontífice também falou sobre a “eleição” de Deus, tema particularmente sensível para homens chamados ao sacerdócio: “Temos que nos sentir felizes porque Deus nos deu esta graça. A beleza de conhecer a plenitude da Verdade de Deus, a alegria de seu amor”. Eleitos, é uma palavra que abarca privilégio e humildade ao mesmo tempo -explicou o Papa-, mas nunca triunfalismo. O Pontífice assinalou que na atualidade os cristãos são o grupo mais perseguido no mundo, porque não pactuam com a tendência do egoísmo e do materialismo.

Bento XVI aprofundou-se nessa sensação de exclusão na qual vivem muitos cristãos hoje: “Rezemos ao Senhor para que nos ajude a aceitar esta missão de viver como dispersos, como minoria em certo sentido, e a viver como estrangeiros, sendo responsáveis dos outros, dando força ao bem em nosso mundo”, disse.

Assim mesmo, o Papa fez um chamado à esperança baseado em um realismo saudável: “Se bem que a Igreja morra aqui e ali pelos pecados dos homens, por sua não crença, o futuro é realmente de Deus: esta é a grande certeza de nossa vida”. (EPC/GPE)

Com informações da Rádio Vaticano.

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