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Cardeal de Nova York descreve o verdadeiro ambiente prévio ao Conclave

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 11-03-2013, Gaudium Press) O Cardeal Timothy Dolan, Arcebispo de Nova Iorque, comentou em seu blog pessoal suas impressões sobre o ambiente prévio à realização do Conclave e rejeitou a ideia equivocada que os fiéis possam ter das discussões do Colégio Cardinalício. Os temas dominantes entre os purpurados, explicou, são reflexões sobre a fé e os assuntos pastorais, que têm notável precedência sobre os problemas administrativos e os escândalos mediáticos. ” Estes temas surgem? Sim. Dominam? Não.” Em vez de um ambiente de intrigas e desconfiança, o Cardeal Dolan descreve uma experiência de oração.dolan_cardeal.jpg

“Os Cardeais estão de fato rezando muito”, comentou. “Cada dia iniciamos com a oração mais efetiva de todas, o Santo sacrifício da Missa. Em nossas sessões rezamos o Ofício Divino, começamos cada reunião com a antiga oração à Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, o Veni Sancte Spiritus”. Também relatou que os Cardeais rezam o Angelus antes do almoço e na quarta-feira passada celebraram uma Hora Santa no Altar da Cátedra na Basílica de São Pedro.

Os “grandes problemas” que se discutem

Segundo comentou, os temas que discutem os Cardeais são os desafios semelhantes aos que enfrentou São Pedro nos primeiros anos da Igreja: ” Como apresentar efetivamente a Pessoa, a mensagem e o convite de Jesus a um mundo que, enquanto busca a salvação e a verdade eterna, encontra-se às vezes hesitante, cético, demasiadamente ocupado ou frustrado”, afirmou o Cardeal. Esta perspectiva é diferente da que muitos fiéis imaginam, baseados em rumores e “no que se comenta na rua”.

“De modo que podem se surpreender ao escutar que investimos a maior parte do tempo discutindo questões como a pregação, o ensino da fé, a celebração dos sete sacramentos”, enumerou o Cardeal Dolan. Em sua lista, incluiu os desafios da evangelização daqueles que se afastaram da fé, as pastorais dos sacerdotes, religiosos e leigos, a organização das paróquias e numerosos aspectos da vida eclesial. ” Esses são os grandes assuntos”, explicou.

O próximo Papa e as mudanças na Igreja

Sobre as expectativas dos meios de comunicação durante a transição papal, o Cardeal transmitiu uma anedota de um dos seus encontros com a imprensa. ” Uma jornalista me perguntou se o novo Papa poderia trazer uma mudança radical à Igreja”, relatou. O purpurado respondeu esta pergunta com um “sim!” entusiasta, para surpresa da repórter. Então esclareci que a Igreja estava involucrada na mudança, uma mudança no coração humano, que Jesus chamou de arrependimento ou conversão”. O Cardeal acrescentou que a tarefa essencial do Papa é conservar a fé, a verdade revelada por Deus, e ao mesmo tempo renovar o convite de Cristo para a mudança dos corações.

“Surgem nomes? Claro”, comentou. ” Mas o nome mais repetido é O Santíssimo Nome de Jesus! A senhora poderia dizer seu Santo Nome e pedir-Lhe que nos envie sua graça e misericórdia? “, convidou finalmente o Cardinal.

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