Gaudium news > Na última cerimônia do Ano, Bento XVI ensina: a fé em Jesus nos faz sair da areia movediça do pecado e nos permite recomeçar

Na última cerimônia do Ano, Bento XVI ensina: a fé em Jesus nos faz sair da areia movediça do pecado e nos permite recomeçar

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 02-01-2013, Gaudium Press). Ao final do ano de 2012, Bento XVI, no contexto do Ano da Fé, relembrou que a fé em Jesus “permite uma constante renovação no bem e na capacidade de sair da areia movediça do pecado e de recomeçar.” À conclusão do ano civil, o Santo Padre presidiu as Vésperas de Ação de Graças com o solene canto “Te Deum” e permaneceu na Praça de São Pedro para visitar o grande presépio oferecido pela Região da Basilicata.

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Na breve homilia, o Santo Padre destacou o sentido profundo do canto “Te Deum”, que contém uma sabedoria que “nos faz dizer que, apesar de tudo, o bem existe no mundo e esse bem está destinado a vencer graças a Deus, ao Deus de Jesus Cristo, encarnado, morto e ressuscitado.” Não é fácil “desfrutar desta realidade profunda, pois o mal faz muito mais rumor do que o bem”.

O Santo Padre observou que “um assassinato brutal, a propagação da violência e as graves injustiças tornam-se notícia”, enquanto “ao contrário, os gestos de amor e solidariedade, o cansaço quotidiano suportado com fidelidade e paciência permanecem com frequência na sombra e não vem à tona”.

“Não podemos nos deter somente às notícias se queremos realmente compreender a vida e o mundo” – afirmou o Papa – “devemos ser capazes de permanecer no silêncio e na meditação, na reflexão calma e prolongada, devemos conseguir parar para pensar. Este é um modo para encontrar a cura para as inevitáveis feridas que surgem no quotidiano”.

Bento XVI se dirigiu aos cristãos recordando que com Deus “aprendemos a olhar com sinceridade nossas próprias ações, mesmo o mal presente em nós e ao nosso redor”. O Santo Padre destacou que, “sobretudo diante de momentos obscuros que com frequência surgem na vida e que não dependem do projeto de Deus, mas sim de escolhas equivocadas do próprio homem, porque sabe que a força da fé pode remover montanhas (MT 17,20): o Senhor pode iluminar mesmo as trevas mais profundas.”

O Papa ressaltou também as dificuldades enfrentadas na vida em grandes cidades como Roma. O empenho apostólico em difundir o Evangelho a todos os homens, em especial às novas gerações “é ainda mais necessário quando a fé corre o risco de ser obscurecida em contextos culturais que obstaculizam seu enraizamento e sua presença social. Mesmo Roma é uma cidade onde a fé cristã deve ser anunciada sempre e testemunhada de forma crível.”

Ao final da homilia, o Santo Padre se dirigiu aos agentes das pastorais com palavras de convite e estímulo a um empenho particular pelas famílias, sobretudo pelos pais em sua missão educativa. “A complexidade da vida em uma grande cidade como Roma” – disse o Papa – “e de uma cultura que parece com frequência indiferente a Deus, exige que não se deixem sozinhos os pais e as mães nessa tarefa tão decisiva, ou seja, deve-se apoiá-los e acompanhá-los em sua vida espiritual.”

As Vésperas foram finalizadas com o canto “Te Deum” em ação de Graças pelo ano transcorrido. Após o encerramento da solenidade, o Santo Padre no papamóvel foi até a Praça de São Pedro para visitar o grande e belo presépio, que pela primeira vez na história foi oferecido e realizado por um artista que não pertencia a Vaticano. (AA)

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