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Papa Francisco: “a verdadeira força do cristão é a força da verdade e do amor”

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 19-08-2013, Gaudium Press) Durante o Ângelus deste último domingo, 18, rezado na janela da residência pontifícia, no Vaticano, o Papa Francisco discursou para milhares de fiéis presentes na Praça São Pedro, em Roma, assegurando que a verdadeira força do cristão provém da verdade e do amor que emanam de seus corações.

Após a oração mariana, o Santo Padre explicou um trecho da Carta de São Paulo aos Hebreus, que dizia: “Corramos com perseverança na corrida, mantendo os olhos fixos em Jesus, autor e consumador da fé”, afirmando que esta “é uma expressão que devemos sublinhar especialmente no Ano da Fé”, e que, ao longo deste ano, devemos manter “os olhos fixos em Jesus, porque a fé, que é o nosso sim à relação filial com Deus, vem d’Ele.”

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Foto: Gustavo Kralj/Gaudiumpress

“Ele é o único mediador desta relação entre nós e nosso Pai que está nos céus. Jesus é o Filho, e Nele somos filhos” destacou o Papa.

O Pontífice recordou as palavras ditas por Jesus aos seus discípulos: ” Vocês pensam que eu vim trazer a paz sobre a terra? Pelo contrário, eu lhes digo, vim trazer divisão. O que isso significa? Significa que a fé não é algo decorativo, ornamental. Viver a fé não é decorar a vida com um pouco de religião. A fé significa escolher Deus como critério base da vida. Deus não é vazio, Deus não é neutro, Deus é sempre positivo, Deus é amor e o amor é positivo.”

Reforçando seu pensamento, o Papa Francisco disse que após a vinda de Jesus ao mundo, “não podemos mais agir como se Deus não o conhecêssemos, como se fosse algo abstrato, vazio, de referência puramente nominal.”

“Deus é misericórdia, Deus é fidelidade, é vida que se doa a todos nós. É por isso que Jesus diz: “vim trazer divisão, não que Jesus queira dividir as pessoas umas das outras, pelo contrário, Jesus é a nossa paz, é a nossa reconciliação”, refletiu.

O Santo Padre destacou que é preciso “renunciar ao mal, ao egoísmo e escolher o bem, a verdade, a justiça, mesmo quando isso exige sacrifício e renúncia dos próprios interesses”, para desta forma, seguir fielmente a Jesus.

Ainda, o Papa alertou seus fiéis ao dizer que não é Jesus quem faz a divisão, mas é Ele quem aplica o critério, se devemos “viver para si mesmos ou viver para Deus e para os outros, ser servido ou servir, obedecer a si mesmo ou obedecer a Deus.”

O Pontífice ressaltou que as palavras do Evangelho não autorizam o uso da força para difundir a Fé. “A verdadeira força do cristão é a força da verdade e do amor, que leva a renunciar a toda violência. Fé e violência são incompatíveis. Fé e fortaleza caminham juntas. O cristão não é violento, mas é forte. E com qual fortaleza? Com a da mansidão. A força da mansidão, a força do amor”, completou o Santo Padre.

Rememorando a imagem de Maria, Mãe do Filho de Deus, o Papa Francisco enfatizou que a Virgem Santíssima sempre acompanhou Jesus fielmente, “mantendo fixos os olhos de seu coração em seu mistério.”

“No final, graças à fé de Maria, os familiares de Jesus tornaram-se parte da primeira comunidade cristã. Peçamos a Maria que nos ajude também a manter os olhos bem fixos em Jesus e a segui-lo sempre”, explicou o Papa.

Finalizando a oração do Ângelus, o Vigário de Cristo reafirmou suas palavras ao público: “seguir Jesus não é neutro, seguir Jesus significa se envolver, porque a fé não é algo decorativo, é força da alma.”

O Papa Francisco saudou com afeto os romanos, peregrinos, famílias, grupos paroquiais e jovens presentes na Praça São Pedro e pediu-lhes para rezar pelas vítimas do acidente entre uma balsa e um navio cargueiro, em Cebu, nas Filipinas, na última sexta-feira.

Além disso, ele saudou um grupo folclórico polonês proveniente de Edmonton, no Canadá, e os jovens de Brembilla, perto de Bérgamo, que levarão a pé de Roma à sua cidade a tocha abençoada pelo Papa. (LMI)

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