“No mistério da Cruz, encontramos a história do homem e a história de Deus”, diz Papa

Cidade do Vaticano (Terça-feira, 17-09-2013, Gaudium Press) No dia em que a Igreja celebrou a Festa da Exaltação da Santa Cruz, o Papa Francisco presidiu uma Santa Missa na capela da Casa Santa Marta neste último sábado, 14.

Durante sua homilia, o Pontífice apontou que no mistério da Cruz, encontramos a história do homem e a história de Deus, sintetizadas pelos Pais da Igreja, na comparação entre a árvore do conhecimento do bem e do mal, no Paraíso, e a árvore da Cruz:

“Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele. Esta árvore da Cruz salva a todos nós, das consequências daquela outra árvore, onde teve início a auto-suficiência, o orgulho, a soberba de querer conhecer. Esta é a história do homem: de uma árvore a outra árvore”, ressaltou

O Santo Padre prosseguiu ao dizer que na Cruz, encontra-se também “a história de Deus”, “porque podemos dizer que Deus tem uma história”, e de fato, “Ele quis assumir a nossa história e caminhar conosco” inclinando-se e tornando-se homem, assumindo a condição de servo, sendo obediente até a morte na cruz, para nos levantar:

“Deus faz este caminho por amor! Não há outra explicação: somente o amor faz essas coisas. Hoje, olhamos para esta Cruz, onde se pode provar mel de aloe, o mel amargo, a doçura amarga do sacrifício de Jesus. Mas esse mistério é tão grande que por si só não podemos compreender bem este mistério, não tanto para entender, mas para experimentar profundamente a salvação deste mistério. Antes de tudo, o mistério da Cruz. Somente podemos entender um pouco, de joelhos, em oração, mas também através das lágrimas, que nos aproximam deste mistério”.

O Papa Francisco explicou aos presentes que “sem chorar, chorar no coração, não se poderá jamais entender esse mistério”, pois é o choro do arrependimento, do irmão e da irmã que olham para tantas misérias humanas e as veem em Jesus, mas sempre “de joelhos e chorando” e “nunca sozinhos”.

Finalizando, o Pontífice alegou que “para entrar neste mistério, temos sempre necessidade da mão da Mãe. Que Ela, Maria, nos faça experimentar quão grande e quão humilde é este mistério; tão doce como mel e tão amargo como o aloe. Que seja ela a nos acompanhar neste caminho, que nenhum outro pode fazê-lo além de nós mesmos”, pois, segundo ele, “cada um deve fazê-lo com a Mãe, chorando e de joelhos”. (LMI)

Com informações Radio Vaticano