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Papa diz a médicos que o Senhor conta com eles para difundir o “evangelho da vida”

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 20-09-2013, Gaudium Press) – Os participantes do X Encontro da Federação Internacional das Associações Médicas Católicas estão reunidos em Roma desde o dia 18 e continuarão em reunião até o dia 22. São médicos de todo o mundo que debatem o tema “Catolicismo e cuidados maternos”.papa_francisco.jpg

Hoje o Papa Francisco recebeu os participantes do Encontro, ocasião em que dirigiu-lhes algumas palavras.

O Santo Padre propôs aos médicos três reflexões. A primeira delas diz respeito à “situação paradoxal” que ocorre em nossos dias com relação à profissão médica: os progressos da medicina e o perigo de que o médico perca a sua identidade de servidor da vida.

“A situação paradoxal -descreveu o Papa- pode ser constatada no fato de que, enquanto se atribuem novos direitos à pessoa, nem sempre tutela-se a vida como valor primário e direito primordial de todo homem. O fim último do agir médico permanece sempre a defesa e a promoção da vida.”

Percebendo esta contradição, a Igreja exercita seu dever de apelar à consciência de todos os profissionais e voluntários da saúde, de modo especial aos ginecologistas, chamados a colaborar no nascimento de novas vidas humanas.

Uma mentalidade difundida do útil, a “cultura do descartável”, que hoje escraviza o coração e a inteligência de muitas pessoas, tem um custo altíssimo: pede que se eliminem seres humanos, sobretudo se fisicamente ou socialmente mais fracos, reflexionou o Papa. E ele continuou, afirmou aos participantes do Encontro que a nossa resposta a esta mentalidade é um “sim” à vida, convicto e sem hesitações. As coisas têm preços e podem ser vendidas, mas as pessoas têm dignidade, valem mais do que as coisas e não têm preço. Por isso, a atenção à vida humana na sua totalidade se tornou nos últimos tempos uma prioridade do Magistério da Igreja.

No ser humano frágil, cada um de nós é convidado a reconhecer a face do Senhor, enfatizou o Papa em sua segunda reflexão. Em sua Humanidade, na Pessoa de Jesus, o Senhor experimentou a indiferença e a solidão às quais frequentemente condenamos os mais pobres, seja nos países em desenvolvimento, seja nas sociedades opulentas.
Toda criança não nascida, mas condenada injustamente ao aborto, tem a face do Senhor, que antes mesmo de nascer, e logo recém-nascida, experimentou a rejeição do mundo. E cada idoso, mesmo se doente ou no final de seus dias, traz consigo a face de Cristo. Não podem ser descartados!

A terceira reflexão proposta pelo Papa Francisco, foi, na verdade, um mandato: sejam testemunhas e difusores desta “cultura da vida”, recomendou o Santo Padre. Ser católico, disse ele, comporta uma maior responsabilidade, antes de tudo para consigo mesmo, pelo empenho de coerência com a vocação cristã, e depois para com a cultura contemporânea, para contribuir a reconhecer na vida humana a dimensão transcendente, o vestígio da obra criadora de Deus, desde o primeiro instante da sua concepção.

Ainda em sua alocução aos participantes do “X Encontro da Federação Internacional das Associações Médicas Católicas”, o Papa não deixou de dirigir-se especialmente aos ginecologistas afirmando a eles que os departamentos de ginecologia são locais privilegiados de testemunho e de evangelização. Lembrou-lhes que eles são chamados a se ocuparem da vida humana em sua fase inicial, lembrem a todos, -disse- com fatos e palavras, que a vida é sempre, em todas as suas fases e em todas as idades, sagrada e sempre de qualidade. E isto, não por um discurso de fé, mas de razão e de ciência!

O Papa Francisco encerrou suas palavras lembrando a todos que não existe uma vida humana mais sagrada do que outra, do mesmo modo como não existe uma vida humana qualitativamente mais significativa que outra. A credibilidade de um sistema de saúde não se mede somente pela eficiência, mas sobretudo pela atenção e pelo amor dispensados às pessoas, cuja vida é sempre sagrada e inviolável”.

As últimas palavras do Papa foram uma recomendação a todos: Jamais deixem de pedir ao Senhor e à Virgem Maria a força para realizar bem o seu trabalho e testemunhar com coragem o “evangelho da vida”. (JSG),

Com informações Rádio Vaticano

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