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Igreja argentina lamenta possível aprovação legal de casamento entre pessoas do mesmo sexo

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Dom Antônio afirmou que a Igreja vai continuar dialogando junto ao Senado

Buenos Aires (Quinta-feira, 06-05-2010, Gaudium Press) A decisão da Câmara Legislativa argentina de dar prosseguimento à lei que regulamenta o casamento entre pessoas do mesmo sexo deixou preocupada a Igreja Católica do País. Para o bispo auxiliar de La Plata e responsável pela parte legislativa da Conferência Episcopal Argentina (CEA), Dom Antonio Marino, o precedente é grave e não constitui nenhum progresso. “Vai transformar radicalmente o conceito de sociedade e família”, alertou.

Em declarações à Agência Informativa Católica da Argentina (Aica), o bispo ressaltou que a lei que regulamenta o casamento homossexual representa uma revolução conceitual e cultural a respeito da qual a Igreja não está, absolutamente, de acordo. O prelado afirmou que a mudança conceitual para chamar a união entre pessoas do mesmo sexo de matrimônio é grave. “Matrimônio vem de mater, mãe, mulher, que se une com um homem. Equiparar-se a este conceito nos parece um questão muito séria”, disse.

Mais grave que a união civil entre homossexuais, Dom Marino acreditar ser a possibilidade de adoção de filhos por casais do mesmo sexo. “É negar a evidência científica e tirar da criança o direito a crescer e se desenvolver em sua dimensão psicossexual que requer as presenças masculina e feminina”, argumentou. Segundo o prelado, sempre se deve primar pelo bem-estar da criança, como direciona a Convenção sobre os Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas (ONU).

Por fim, o prelado declarou que a Igreja, agora, após a aprovação na Câmara dos Deputados, vai continuar dialogando e oferecendo argumentos contrários à união homossexual e à adoção por casais homoafetivos junto aos senadores da Argentina. Para o bispo auxiliar de La Plata, no Senado a aprovação da lei tende a ser mais difícil. Se assim for, segundo Dom Marino, o projeto deve voltar para a Câmara para ser modificado.

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