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Guarda Suíça Pontifícia recebe novos membros e recorda “Saqueio de Roma”

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Guardas suiços também celebram 6 de maio como um dia que se recorda a morte de 147 guardas no saqueio de Roma, em 1527

Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 06-05-2010, Gaudium Press) Ser um guarda suíço é “aderir sem reservas a Cristo e à Igreja todos os dias neste nobre serviço”, afirmou o cardeal Bertone, secretário de Estado do Vaticano, na missa do dia do juramento da Guarda Suíça Pontifícia (GSP). O dia 6 de maio é também celebrado pelos guardas suíços em serviço do Papa como um dia em que se recorda a morte dos 147 guardas no Saqueio de Roma, em 1527, em defesa do Papa Clemente VII.

A data é também escolhida para o juramento dos novos guardas. Hoje, juram 30 recrutas e um novo major, William Kloter.

A celebração do juramento, para o qual são convidados os familiares dos novos recrutas e diversas autoridades da Confederação Suíça, tem início no dia anterior, 5 de maio, com as vésperas na Igreja Santa Maria, em Campo Santo. Ontem foram presididas por Dom Markus Büchel, bispo de São Galo e presidente da Conferência Episcopal Suíça. Também neste dia é aberta aos interessados, dentro do quartel da GSP no Vaticano, uma “info point” onde se pode receber informações sobre o corpo e seu quartel.

O dia 6 de maio se inicia cedo com a missa no altar da Catedral da Basílica de São Pedro. Como no ano passado, também hoje as celebrações foram presididas pelo cardeal Secretário de Estado Tarcisio Bertone, que proferiu também a homília. O serviço deste histórico corpo é “qualificado e apreciado pelo Santo Padre”. Todo cristão é chamado a “observar os mandamentos do Pai” e a “permanecer no amor de Deus” que dá o sentido pleno da vida, declarou.

A missa apresenta aspectos suíços, como o canto do “Bruderklausenlied”, a oração de São Nicolau de Flüe, patrono do país e do “Salmo Suíço”. A celebração se conclui com a “Oração pela Guarda Suíça”, pronunciada em alemão e francês, as duas línguas mais difundidas naquele país. Logo depois da missa no Pátio de Honra do Quartel Suíço no Vaticano, acontece a cerimônia de disposição de uma coroa de louros diante do monumento aos mortos; e entrega das condecorações e honorificências a alguns membros da GSP que realizaram mais de três anos de serviço.

GSP

A Guarda Suíça Pontifícia é o exército mais antigo do mundo. É responsável pela segurança do Santo Padre e também pelo controle dos ingressos de acesso à Cidade do Vaticano e pela vigilância do Palácio Apostólico. A história dos suíços no serviço da segurança do Sumo Pontífice teve início em 22 de janeiro de 1506, com a chegada, a pedido do Papa Giulio II, de 150 homens vindos à pé de Lucerna que entraram em Roma pela Piazza del Popolo. O dia do Saqueio de Roma, 6 de maio de 1527, foi um teste para os suíços de sua fidelidade e presteza em dedicar a vida ao serviço do Papa. Os 147 guardas morreram salvando a vida do pontífice Clemente VII, em uma batalha na saída do Vaticano até o Castelo Sant’Angelo.

 

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