Livro "Jesus de Nazaré" ajuda a redescobrir o Jesus real, diz prefeito da Congregação para os Bispos

Para cardeal Ouellet, força do livro de Bento XVI vai além da apresentação de um Cristo desmistificado e real

Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 10-03-2011, Gaudium Press) É o Cristo real, não o histórico ou o acadêmico, que Bento XVI traz à luz em seu novo livro. É o que refletiu nesta quinta-feira o Cardeal Marc Ouellet. “‘Jesus de Nazaré’, graças à autoridade científica de Bento XVI, ajuda os cristãos de hoje a redescobrir o “Jesus dos Evangelhos”, o real, não somente o histórico”.

O cardeal, prefeito da Congregação para os Bispos, esteve à frente da coletiva de imprensa no Vaticano que apresentou hoje a segunda parte da obra do Papa sobre Jesus, “Jesus de Nazaré. Da entrada em Jerusalém até a Ressurreição”. Além dele, também faziam parte da mesa o escritor e germanista (especialista em literatura alemã) Claudio Magris, e o diretor da Livrara Editora Vaticana, responsável pela publicação da obra, Dom Giuseppe Costa.

Segundo o cardeal Ouellet, a ocasião é simbólica. “Como teólogo e como pastor, tenho a sensação de viver um momento histórico de grande dimensão teológica e pastoral. É como se no meio das ondas que agitam o barco da Igreja, Pedro tivesse mais uma vez segurado a mão do Senhor que vem ao nosso encontro sobre as águas para nos salvar.”

O prefeito da Congregação para os Bispos acredita, no entanto, que a força do novo livro do Papa Bento XVI vai além da apresentação de um Jesus desmistificado e real, adquirindo também a potência de abranger diversos aspectos do cristianismo. De acordo com o cardeal, através do livro, que apresenta uma mediação entre a exegese contemporânea e a exegese patrística, o Santo Padre abre também o diálogo dentro da Igreja e também com outras confissões cristãs, com os judeus e outras tradições religiosas, sobre o que é essencial no Cristianismo.

O segundo volume do livro “Jesus de Nazaré”, de 348 páginas, divididas em nove capítulos, está à venda a partir de hoje inicialmente em sete idiomas – alemão, italiano, inglês , francês, espanhol, português e polonês – e em cerca de 30 países. O novo livro de Bento XVI é lançado quatro anos após a publicação do primeiro, em abril de 2007.