Gaudium news > “A vocação é um dom ao qual é preciso responder livremente”, disse Bento XVI a seminaristas em Roma

“A vocação é um dom ao qual é preciso responder livremente”, disse Bento XVI a seminaristas em Roma

2011-03-04T210357Z_1714289504_GM1E7350E7F01_RTRMADP_3_POPE.JPG
Papa explicou aos seminaristas que a vocação de cada pessoa tem dimensão pessoal e comum

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 07-03-2011, Gaudium Press) “O comportamento dos cristãos é a consequência do dom, a realização do quanto nos é concedido todos os dias”, lembrou o Santo Padre em encontro anual com os seminaristas do Seminário Romano Maior, pela festa de Nossa Senhora da Confiança, padroeira do instituto romano. Bento XVI, nos cumprimentos, recebeu os parabéns pelo 60° aniversário da ordenação sacerdotal que celebrará no próximo dia 29 de junho.

Cada situação de vida é um dom que não é “um efeito automático”, afirmou o Papa na ocasião, recordando que toda pessoa é chamada à liberdade. De acordo com ele, o Batismo não é uma garantia automática de uma vida coerente enquanto nosso comportamento “é fruto da vontade e do empenho perseverante em colaborar com o dom, com a Graça recebida”. É um empenho que “custa”, que tem “um preço a se pagar pessoalmente”.

Ainda segundo o Papa, no Batismo todo cristão recebe a vocação “para ser de Cristo e para viver n’Ele em seu corpo”, que é a Igreja. “A vida cristã começa com um chamado e permanece sempre uma resposta, até o fim. E isto acontece, seja na dimensão do crer, seja na do agir”.

Ele explicou aos aspirantes ao sacerdócio que a vocação de cada pessoa tem uma dupla dimensão: pessoal e comum. Deus chama todas as pessoas por nome e isto nos empenha a “fazermo-nos atentos à Sua voz, atentos à sua Palavra, ao seu chamado para responder, para realizar esta parte da história da salvação” pela qual cada um foi chamado”, observou o Papa.

Bento XVI lembrou que o caminho cristão, segundo indicações de São Paulo, deveria ter quatro aspectos: “humildade”, “doçura”, “magnanimidade”, “apoiarmo-nos reciprocamente no amor”. “Humildade” e “doçura”, segundo o pontífice, são palavras cristológicas. “Elas obrigam a imitar o Deus que desce até mim, que é tão grande que se faz meu amigo, sofre por mim, morreu por mim” e a encontrar o modo de ser mansos e sem violência.

“Magnanimidade” lembra a generosidade do coração, enquanto “apoiarmo-nos reciprocamente no amor” é um dever de todos os dias, “apoiar um ao outro na própria alteridade, a aprender o verdadeiro amor”, detalhou Bento XVI.

O chamado, a própria vocação, deve ir além da dimensão pessoal e deve se realizar em comunidade, recomendou o Papa. E o seminário, e depois a paróquia, são realizações concretas do caminho comum que impõe o “aceitar, apoiar, animar toda a paróquia, as pessoas, a inserir-se neste corpo” até a plena unidade de todos os membros. Porque a unidade da Igreja é “o fruto de uma concórdia, de um comum empenho de comportar-se como Jesus, em força de seu Espírito”, concluiu.

 

Deixe seu comentário

Notícias Relacionadas