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“A nossa época necessita da consciência moral e do retorno da penitência”, diz o Papa na audiência geral

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 30-03-2011, Gaudium Press) “Nesse nosso tempo, sofre-se pela perda da consciência moral e pela falta de estima pelo sacramento da confissão”. Foi o que constatou o Papa Bento XVI na audiência geral cuja catequese foi dedicada a Santo Afonso Maria de Ligório, realizada esta manhã na Praça São Pedro, na presença de 10 mil participantes.

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Segundo Bento XVI, nos tempos atuais, sofre-se pela perda da consciência moral e pela falta de estima pelo sacramento da confissão

Santo Afonso Maria de Ligório nasceu em uma família rica e nobre, em 1696. Antes de tornar-se sacerdote foi, nas palavras do Papa, “o advogado mais brilhante do fórum de Nápoles”. Em 1723, decidiu dedicar-se a Deus. Foi canonizado em 1839 e em 1871, graças a seu rico ensinamento de teologia moral, e foi declarado Doutor da Igreja. É fundador da Congregação religiosa do Santíssimo Redentor (padres redentoristas). Segundo Bento XVI, foi um pastor zelante, grande teólogo moralista e mestre de vida espiritual e patrono dos confessores e moralistas.

Santo Afonso foi também iniciador de uma ação de evangelização e de catequese, primeiro entre as camadas mais humildes da sociedade napolitana, às quais instruía sobre as verdades basilares da fé e depois foi missionário. Seu exemplo é atual “também hoje para uma nova evangelização”, particularmente dos mais pobres, e para construir uma convivência humana mais justa, fraterna e solidária”, observou o Papa. O dever evangelizador é confiado tanto aos sacerdotes quanto aos leigos que, “bem formados, podem ser eficazes animadores cristãos, autêntico fermento evangélico no seio da sociedade”.

A principal obra de Santo Afonso foi a “Teologia Moral”, na qual “propõe uma síntese equilibrada e convincente entre as exigências da lei de Deus, esculpida nos nossos corações, revelada plenamente por Cristo e interpretada respeitavelmente pela Igreja, e os dinamismos da consciência e da liberdade do homem”. A espiritualidade afonsiana é “eminentemente cristológica” e “também deliciosamente mariana”, diz o Papa.

No início das saudações, o pontífice fez um “forte apelo” em francês para tornar possível “um processo de um diálogo construtivo para o bem comum” na Costa do Marfim. “A dramática oposição torna mais urgente o restabelecimento do respeito e da convivência pacífica. Nenhum esforço deve ser poupado neste sentido”, observou o Papa.

Nos próximos dias o cardeal Peter Kodwo, presidente do Pontifício Conselho “Justiça e Paz” irá ao país como enviado especial para manifestar a solidariedade do Papa e de toda a Igreja católica pelas vítimas do conflito e para promover a reconciliação e a paz.

A Costa do Marfim vive um período de turbulência política e social, com princípio de nova geurra civil, após as eleições presidenciais de novembro do ano passado. O atual presidente, Laurent Gbagbo, perdeu na ocasião para o candidato oposicionista Alessane Outarra, mas desde então se recusa a deixar o poder.

 

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