“É preciso perseverar na fé e no testemunho de não violência que vem do Evangelho”, disse Bento XVI

Em seu discurso, o Papa pediu pelas vítimas e pelos familiares e também por todos os pastores mortos em 2010

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 03-01-2011, Gaudium Press) “Vil gesto de morte contra os cristãos que ofende Deus e toda a humanidade”, disse o Santo Padre no Ângelus deste domingo, 02, em resposta ao grave atentado feito contra a Igreja copta de Alexandria no Egito, no primeiro dia do ano. Em seu discurso, o pontífice pediu pelas vítimas e pelos familiares e também por todos os pastores mortos no ano de 2010, que estavam em missão em várias partes do mundo.

“De novo os cristãos experimentaram a violência contra sua presença nos países majoritariamente mulçulmanos”, disse o Papa. Falando sobre o grave atentado à bomba contra a igreja copta de Alexandria, no qual teriam perdido a vida cerca de 20 pessoas, o Papa recordou que “esta estratégia de violência é dirigida aos cristãos e tem consequências sobre toda a população”. Para a comunidade eclesial, o Papa encorajou a “perseverar na fé e no testemunho de não violência que vem do Evangelho”.

Como de costume, na oração mariana do Ângelus, o Santo Padre começou com uma reflexão sobre a passagem do Evangelho. O Prólogo do Evangelho de João, apóstolo – mais jovem em idade, porém mais velho na fé -, “fala sobre o mistério da Encarnação e tem a profundidade da realidade viva de Deus que se expressa também na dimensão terrena”, declarou.

No fim da cerimônia, o Papa fez sua tradicional saudação em várias línguas. Dirigiu-se, particularmente às famílias espanholas, que se uniram Praça de Colón, em Madri, para comemorar o valor do matrimónio e da família. “Jesus, Maria, José e do bebê são um modelo para as famílias cristãs; para serem autênticos santuário de fidelidade, respeito e compreensão, nos quais também se transmite a fé, se fortalece a esperança e se engrandece a caridade”.

O Santo Padre convidou também os fiéis espanhóis “a viver com entusiasmo renovado a vocação cristã, como servidores genuínos do amor que acolhe, acompanha e defende a vida.