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Arcebispo Tomasi discursa pela segurança alimentar e solidariedade na ONU

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Arcebispo Tomasi pediu para que haja comida segura disponível em quantidade suficiente para todos

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 11-03-2011, Gaudium Press) Cerca de um bilhão de pessoas no mundo inteiro ainda passa fome ou sofre de desnutrição. O alerta é do observador permanente da Santa Sé na ONU, arcebispo Silvano Tomasi, que participou no último dia 8 de março da 16ª Sessão Ordinária do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra. Em seu discurso, o prelado pediu para que haja comida segura disponível em quantidade suficiente para todos.

O arcebispo enfocou seu discurso no direito humano à alimentação. Ele apresentou em cinco pontos as soluções mais fundamentais que podem ajudar no desenvolvimento de políticas de segurança alimentar. O primeiro aspecto que elencou foi o reconhecimento e o fortalecimento do papel central da agricultura na atividade econômica. “Nós precisamos garantir a segurança da propriedade de terra para fazendeiros, especialmente para aqueles com pequenas propriedades”.

Outro importante aspecto destacado é assegurar de forma adequada o fluxo de comida para aqueles que estão em necessidade. “O fluxo estável de produtos alimentares envolve diversas condições: os mercados locais devem ser eficientes, transparentes e abertos; a informação deve ser passada de forma eficiente; investimento em estradas, transporte e armazenamento de colheitas é indispensável”.

O observador vaticano também criticou a volatilidade dos preços, o que faz com que os alimentos se tornem inacessíveis para os mais pobres. Uma das possíveis soluções apontadas pelo prelado é a proteção das colheitas locais contra repentinas alterações nos preços internacionais de commodities.

Além disso, arcebispo Tomasi sugeriu a criação de estoques regionais de produtos básicos (cereais, óleo, açúcar), que segundo ele poderia vir a ter um duplo benefício: preço acessível no caso de choque e um papel moderador contra a volatilidade dos preços locais.

Ainda segundo o observador vaticano, deve haver uma especial preocupação internacional com os países africanos, para os quais deve ser estabelecido um mecanismo de fundos para ajudar a superar a lacuna entre preços e solidariedade.

 

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