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Vigário apostólico de Trípoli denuncia situação de civis em meio a conflito armado

Trípoli (Quinta-feira, 31-03-2011, Gaudium Press) Em entrevista concedida ontem à Agência Fides, o vigário apostólico de Trípoli, Dom Giovanni Inoccenzo Martinelli, denunciou a situação pela qual vem passando os civis da capital líbia em meio aos ataques das Força de Coalizão para acelerarem a queda do regime ditatorial instalada por Muammar Kadafi no país.

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Para Dom Giovanni, armar rebeledes não é uma solução moral

O prelado revelou que pelo menos dois hospitais sofreram danos indiretos aos bombardeios contra alvos militares. Conforme Dom Giovanni, portas e janelas dos hospitais foram destruídas e os pacientes estão chocados. “Saibam que as ações militares estão causando vítimas entre os mesmo civis que ser quer proteger com estas açoes militares”, afirmou.

As declarações de Dom Giovanni fazem parte de diversos comentários feitos por ele a respeito da Conferência de Londres, realizada na última terça-feira, 29, e que reuniu cerca de 40 países e diversas organizações internacionais (ONU, Liga Árabe, Organização da Conferência Islâmica, União Europeia e Otan) para debater a crise na Líbia. A Santa Sé também participou do encontro como Observadora. Foi representada pelo núncio apostólico da Grã-Bretanha, Dom Antonio Mennini.

Sobre o evento, o vigário apostólico de Trípoli lamentou a ausência da União Africana, que alegou razões internas para o não comparecimento, e afirmou que se “se quer uma solução pacífica, é preciso envolver a união, da Liga Árabe e algumas organizações locais”.

Dom Giovanni falou também sobre a ideia que alguns representantes propuseram de armar os rebeldes, com o objetivo de acelerar queda da ditadura de Kadafi. “Armar uma parte da população líbia não me parece uma solução moral”, sentenciou.

Ainda sobre os civis, o prelado afirmou que a maior parte daqueles que pedem asilo está sendo transferida para a Tunísia. “Outros foram para Malta e Lampedusa. Aqui em Trípoli, ficaram cerca de 25%. Existem também outros imigrantes africanos, como congoleses e chadianos”, disse.

 

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