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Episcopado uruguaio realiza assembleia e discute aborto, bicentenário e a beatificação de João Paulo II

Florida (Quinta-feira, 31-03-2011, Gaudium Press) A Conferência Episcopal do Uruguai (CEU) esteve reunida nos últimos dias na cidade de Florida, em sua mais recente Assembleia episcopal. As discussões ocorreram entre os dias 21 e 25 de março.

Na pauta, temas importantes para a Igreja local, como a despenalização do aborto proposta por alguns setores da sociedade civil e por membros do governo, as celebrações do bicentenário de independência do país e a reunião do Celam, que Montevideu recebe em maio, foram abordadas pelos prelados. Também foram discutidos temas mais amplos, como a beatificação de João Paulo II.

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Foi discutida na Assembleia também a beatificação de João Paulo II, o único pontífice que visitou o Uruguai

De 16 a 29 de maio, os bispos uruguaios se preparam para receber na capital do país pela primeira vez a Assembleia do Conselho Episcopal Latinomaericano (Celam), em sua 33ª edição. Participam dessa reunião os presidentes das 22 Conferências Episcopais de todos os países da América Latina e do Caribe, entre eles cinco cardeais. Esta Assembleia será especialmente importante porque terá terá caráter eletivo, quando serão renovadas as autoridades do CELAM para o quadriênio 2011-2014. Os prelados avaliarão também o Plano Global do Conselho para esses quatro anos.

Outro tema abordado na reunião da CEU, a beatificação de João Paulo II (único pontífice que visitou o Uruguai), no próximo dia 1º de maio. é, para toda a comunidade católica, um motivo de alegria e celebração, disseram os bispos uruguaios. Os bispos convidam todos os cidadãos do país a partilhar dessa alegria, participando nos atos que se realizarão em cada diocese em homenagem a João Paulo II.

Sobre a despenalização do aborto, frente aos novos projetos de lei que se debatem na sociedade uruguaia e no governo, os bispos declararam:

“Ao prepararmos para a celebração da Páscoa, festa da Vida, golpeia nosso coração de pastores a proposta de uma cultura de morte, da qual é sinal a insistência de alguns a favor do aborto. A destruição de uma vida inocente nunca pode ser aprovada. Em uma sociedade que defende os direitos humanos, proclamamos a defesa do direito fundamental à vida dos seres humanos mais indefesos. A morte do mais fraco, do inocente, do que tem capacidades diferentes, não é somente tirar uma vida, é também cortar uma geração. Neste sentido, nos é paradoxal que, enquanto se quer encorajar o número de nascimentos, para povoar nosso solo uruguaio, se impulsionem leis para dizimar nossa população. Fazemos um novo chamado à consciência do nosso povo e de nossos governantes ante este tema de primordial importância. Pensamos que é necessário um esforço de imaginação e de humanidade para encontrar soluções que, diante das gravidezes indesejadas, contemplem as vidas das mães e de seus filhos em gestação”.

No decorrer da assembleia, os bispos também manifestaram sua preocupação pela situação que vive a instituição de saúde da Igreja Católica Círculo Católico de Obreiros, e receram representantes da Pastoral Social – Cáritas Uruguai.

Durante a semana, os bispos uruguaios receberam também os responsáveis de outras áreas pastorais da Igreja. A Pastoral Familiar apresentou o programa de sua área, destacando as iniciativas a favor da vida que se integraram. Além disso, os integrantes da Comissão de Ética e Bioética colocaram à apreciação da CEU seus estatutos.

Já no Dia Internacional da Eliminação da Discriminação Racial, 21 de março, os bispos receberam Padre Jurandyr Azevedo Araújo, brasileiro, coordenador do Cone Sul da Pastoral Afroamericana, que apresentou o desenvolvimento desta pastoral no Brasil mostrando uma realidade dinâmica, com crescimento de 10% anual de seu seus alunos.

O bicentenário de independência do Uruguai também esteve entre os temas da assembleia da CEU. Os bispos estão preparando uma carta pastoral referente à questão, que será apresentada no decorrer deste ano. Nela, deverão oferecer uma reflexão sobre pontos como direitos humanos, educação, saúde, família e vida.

Com informações da Conferência Episcopal Uruguaia (CEU).

 

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